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IVBAM promove roteiro do vime

Data de publicação
24 Outubro 2024
12:56

O Instituto do Vinho, do Bordado e do Artesanato da Madeira (IVBAM) está a promover um roteiro especial dedicado à arte do vime na Madeira, destacando o processo artesanal de produção de peças icónicas como cestos, celhas de vindima, chapéus, entre outros objetos decorativos. Este roteiro tem como objetivo dar a conhecer de perto o ciclo completo da obra de vime, desde os campos de cultivo, passando pela preparação e cozedura das hastes, até à modelagem final realizada pelos artesãos locais.

Durante esta semana, o Conselho Diretivo do IVBAM tem visitado vários concelhos expandindo o roteiro do vime a unidades produtivas e a empresários que trabalham com este material de forma inovadora. Nas freguesias do Estreito de Câmara de Lobos, Curral das Freiras e Camacha o foco é na produção tradicional de vime, enquanto no Funchal a visita irá destacar artesãos e empresários que conjugam o vime com outras formas de artesanato, criando artigos decorativos contemporâneos.

Neste município os artesãos elaboram peças decorativas e utilitárias em vime, como carteiras e brincos, combinando o material com outros elementos para criar designs únicos. Esta abordagem mais moderna não só valoriza a tradição artesanal da Madeira, mas também abre novas oportunidades de mercado, promovendo a inovação sem perder as raízes culturais. O Conselho Diretivo do IVBAM reconhece a importância dessas iniciativas para garantir a continuidade e evolução do trabalho com vime, adaptando-o aos gostos e necessidades dos dias de hoje.

Estas visitas procuram valorizar e promover as antigas técnicas de entrelaçar o vime, com intuito de envolver designers locais que poderão aprender diretamente com os artesãos, garantindo a continuidade desta tradição artesanal na Região.

A obra de vime na Madeira é uma das mais antigas e tradicionais formas de artesanato da Região, profundamente enraizada na cultura e no estilo de vida dos madeirenses. O vime, obtido a partir das hastes flexíveis de uma planta chamada salgueiro (ou vimeiro), é utilizado para criar uma variedade de objetos utilitários e decorativos. Esta arte destaca-se pela habilidade e precisão dos artesãos que moldam manualmente o material em formas complexas e funcionais, como cestos, móveis e acessórios.

O Governo Regional, através da Secretaria Regional de Agricultura, Pescas e Ambiente e do Instituto do Vinho, do Bordado e Artesanato da Madeira, tem realizado esforços significativos para preservar e revitalizar a arte tradicional do vime na Região. Por meio de iniciativas como workshops e oficinas de formação, pretende-se fomentar a inovação e a adaptação às novas tendências de design, garantindo que a produção de peças em vime continue a evoluir e a se manter relevante nos dias de hoje.

Essas ações visam assegurar que a obra de vime não só preserve suas técnicas centenárias, mas também se adapte ao mercado contemporâneo, atendendo às exigências estéticas e funcionais atuais. Assim, ao combinar tradição e inovação, estas iniciativas ajudam a perpetuar uma forma de artesanato profundamente enraizada na cultura madeirense, enquanto abrem novas oportunidades para o seu desenvolvimento e sustentabilidade futura.

A produção de artesanato em vime tem um papel significativo em várias regiões de Portugal, especialmente na Madeira, onde a tradição do vime é bastante forte. Apesar de enfrentar desafios ao longo dos anos, como a concorrência de produtos industrializados, ainda existem artesãos que mantêm viva esta arte. Estima-se que cerca de uma dezena de artesãos continue a trabalhar ativamente

com o vime, tanto para o mercado local como para exportação. Esses artesãos produzem uma variedade de peças, desde cestos tradicionais a mobiliário e objetos decorativos, que são apreciados pelo seu valor artesanal e autenticidade.

O envolvimento de designers contemporâneos neste processo é fundamental. Ao aprender diretamente com artesãos experientes, os designers podem criar peças que combinam tradição e modernidade, mantendo a essência artesanal, mas adaptando-a aos gostos e exigências atuais.

Assim, o roteiro do vime não apenas celebra uma tradição profundamente enraizada na cultura madeirense, como também promove a sua continuidade e sustentabilidade para as futuras gerações.

Esta combinação entre preservação e inovação assegura que a arte do vime se mantenha viva, seja valorizada, e continue a contribuir para a identidade cultural e economia da Região Autónoma da Madeira.

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