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JPP diz que redução da área agrícola “prova o fracasso” do PSD na agricultura

Data de publicação
22 Setembro 2024
16:06

O Juntos pelo Povo (JPP) foi este domingo à Festa do Pêro, na Ponta do Pargo, incitar o Governo Regional a reforçar os apoios aos pequenos agricultores para evitar o desaparecimento de produtos regionais diferenciados como é o caso da maçã e do pêro, produzidos na peculiar freguesia do sudoeste da Madeira.

“Sem incentivos financeiros, estes produtos genuínos da Madeira tendem a desaparecer”, referiu o vice-presidente da bancada parlamentar do JPP, Rafael Nunes. “O Governo tem de pensar seriamente em mudar a política de apoio aos setores produtivos se quer evitar o abandono destas atividades e da terra”, apontou.

De acordo com o partido, as estatísticas confirmam que a Madeira tem vindo a perder área agrícola. Entre 2009 e 2019, a Superfície Agrícola Utilizada (SAU) reduziu 15,2%, o valor mais alto das últimas três décadas, segundo dados da Direção Regional de Estatística.

“Isto prova que o JPP não diz coisas à toa quando afirma que este Governo não tem nenhuma sensibilidade para a importância do mundo rural e da agricultura”, sublinha o parlamentar, para acrescentar: “É o resultado das políticas erradas do PSD e a confirmação do fracasso neste setor”.

Além do abandono da terra e da transferência dos terrenos agrícolas para a especulação imobiliária, o JPP aponta a outros problemas “sistematicamente protelados pelo Governo PSD, CDS, PAN e Chega”, como o aumento dos adubos e outros fatores de produção, as dificuldades no escoamento dos produtos, a incapacidade de reduzir a dependência externa do setor agroalimentar, a falta de mão-de-obra e o seu custo atual.

Rafael Nunes enaltece a “qualidade, o sabor único e o aroma” das maçãs «Cara de Dama» e do pêro da Ponta do Pargo, exortando o Executivo a “um reforço dos incentivos à produção destas variedades rústicas e antigas”.

“É preciso avançar para uma reestruturação destes setores, valorizar as espécies autóctones, acabar com a escravatura na agricultura e trabalhar para que o destino final de um produto como a maçã e pêro da Ponta do Pargo não se destinem apenas à produção de sidra mas o consumo geral”, preconizou.

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