Na passada sexta-feira, decorreu a Assembleia Municipal de Santa Cruz onde foi discutido e votado o Orçamento do concelho para 2025. Na ocasião, Ricardo Freitas, vice-Presidente da JSD Madeira, mostrou-se “desagradado” com as políticas destinadas à juventude, afirmando que “ um orçamento estimado aproximadamente de 58 milhões euros dedicar às políticas de Juventude, juntamente às políticas do Desporto, aproximadamente 281 000 euros, é o mesmo que assumir que não investirá nos mais jovens”, reforçando que “para o JPP os jovens santacruzenses não valem quase nada, pois as políticas dirigidas para esta classe populacional nem perfazem 0,5% do orçamento municipal”.
O deputado eleito pela Coligação Cumprir Santa Cruz defendeu que o Município devia “lançar um pacote de medidas de políticas de juventude integradas, que apoiem os jovens a fixar-se no seu concelho, a lançar investimentos e a viver os seus sonhos em Santa Cruz”, defendendo, de igual modo, “o apoio à prática regular do desporto, a renovação de infraestruturas desportivas municipais, a promoção de políticas de formação em contexto real de trabalho, apoios aos jovens empresários e apoios aos jovens casais”.
Numa longa intervenção, outra das questões suscitadas por Ricardo Freitas foi a Habitação, apelidando o JPP de “partido camaleão”, pois “defende uma coisa onde não é poder e pratica outra onde governa”. O jovem autarca teceu ainda duras críticas ao facto do “presidente Filipe Sousa afirmar, em março de 2023, que no segundo semestre de 2023 ia começar a executar a Estratégia Local de Habitação, com a construção de 146 novos fogos” e que passados quase 2 anos não há qualquer obra no terreno. O jovem autarca acrescentou ainda que “esta Estratégia ainda não saiu do papel, tendo para 2025 alocados 25.000 euros, e até 2029 cerca de 150 000 euros”, o que se manifesta “insuficiente para cumprir a promessa dos 146 novos fogos”.
Arrematando o tema da Habitação afirmou que “o tempo veio dar razão ao PSD, quando dizia que efetivamente as casas do JPP são casas de papel, que só existem em planos e nos projetos, porque em construção são zero”, lançando o repto para que o presidente do Município “explique, e peça desculpa aos santacruzenses por lhes ter mentido em 2023, ao afirmar que iria construir 146 novos fogos”.
Sobre a freguesia de Santa Cruz, o deputado municipal do PSD Madeira, lamentou que, “o investimento prometido em 2018 para a Frente Mar de Santa Cruz”, que era um projeto arrojado, em 6 anos ainda não foi executado, e passou neste orçamento para uma simples requalificação da promenade”, o que na ótica de Ricardo Freitas demonstra que “mais uma vez o JPP prometeu, e nada fez, mais uma vez os fregueses de Santa Cruz viram-se traídos pelo JPP.”