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Madeira reforça investimento em investigação científica

JM-Madeira

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Data de publicação
28 Junho 2024
15:51

A Madeira tem intensificado o investimento na investigação científica como estratégia para diversificar a economia regional, refletindo-se num aumento significativo do financiamento nesta área desde a pandemia, juntamente com as dotações comunitárias, revelou esta tarde Rui Caldeira, da ARDITI, durante a conferência ‘Observação da Terra para a Região da Madeira’.

O responsável sublinhou a importância dos projetos científicos para assegurar a sustentabilidade económica, como alternativa à dependência do turismo na Região.

Além de Rui Caldeira, Carolina Sá, da AEP, também abordou as áreas prioritárias e as oportunidades de financiamento disponíveis para projetos de observação da Terra. “O programa Horizonte Europa oferece assistência financeira, impondo critérios mínimos para a participação, como a inclusão de pelo menos três entidades de diferentes estados-membros,” explicou a investigadora. Como requisito, os projetos terão de ser ambiciosos, com duração entre três e cinco anos.

Durante a manhã, as sessões centraram-se nas aplicações práticas e oportunidades futuras proporcionadas pelas tecnologias espaciais.

Rui Caldeira, em representação do Observatório Oceânico da Madeira, afirmou que “as imagens de satélite são essenciais para monitorizar a qualidade da água e identificar áreas de poluição, permitindo intervenções rápidas e eficazes”.

Por seu turno, João Bentes de Jesus, da Geosat, enfatizou a importância das imagens de alta qualidade para decisões informadas. “Imagens mais claras permitem uma análise precisa de dados”, disse o responsável pelo primeiro operador português de observação da Terra por satélite, utilizando os satélites Geosat 1 e 2.

António Araújo, da GMV, destacou as aplicações na gestão de emergências e recursos. “As imagens de satélite, incluindo noturnas, foram essenciais na sinalização de danos e priorização de resgates no terramoto da Turquia/Síria,” referiu, mencionando também projetos como a modulação de fluxos de lava em São Jorge e o mapeamento de cheias no Rio Grande, Brasil.

David Garcia-Perez, da Deimos, apresentou a NextOcean, que oferece serviços na agricultura e pescas através de marketplaces digitais, com avaliações automatizadas para deteção de pesca ilegal e caracterização de áreas de pesca com IA. “Avaliar o risco de poluição marinha e parâmetros climáticos é fundamental para a sustentabilidade”, acrescentou.

A conferência “Observação da Terra para a Região da Madeira” terminou com um debate sobre “A inovação na Região e o papel da observação da Terra”, com a participação de Domingues Rodrigues, professor da Universidade da Madeira, Duarte Costa, da DROTe, Paulo Abreu, da ARDITI, e com Ricardo Conde, da Agência Espacial Portuguesa.

O evento, que contempla ainda uma exposição no MadeiraShopping até ao dia 7 de julho, decorreu esta sexta-feira no Museu de Eletricidade-Casa da Luz, no Funchal, reunindo especialistas nacionais e estrangeiros em tecnologias espaciais, numa organização da Agência Espacial Portuguesa em parceria com a Ordem dos Engenheiros – Região Madeira.

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