O PAN Madeira manifestou hoje preocupação face à falta de medidas estruturantes para a classe docente no Orçamento Regional para 2025. Embora o documento contemple verbas para a recuperação do tempo de serviço dos professores, os desafios enfrentados por esta classe vão muito além dessa questão, começa por explicar esta força política em comunicado de imprensa.
O Orçamento Regional ignora aspetos cruciais para a valorização e estabilização da carreira docente, como a vinculação após três anos de serviço, um passo fundamental para combater a precariedade laboral que ainda afeta muitos professores na Região.
Por outro lado, este orçamento inclui uma verba considerável para a aquisição de tablets, mas negligencia os reais problemas que comprometem o futuro da educação.
A falta de investimento em condições de trabalho dignas, o combate ao burnout docente, a contratação de auxiliares e o reforço de equipas multidisciplinares nas escolas são exemplos de medidas indispensáveis que continuam a ser adiadas. Este orçamento deixa também de fora os professores que exerceram funções no ensino privado e que não vêm esse tempo contabilizado no serviço publico.
Para Válter Ramos, vice-porta-voz do PAN Madeira, “a educação não se faz apenas com tecnologia, mas sim com profissionais valorizados, respeitados e em condições de exercerem a sua missão com dignidade. É incompreensível que o Governo Regional continue a ignorar as necessidades mais urgentes do sistema educativo, enquanto prioriza medidas superficiais que pouco ou nada resolvem.”
Neste sentido, o PAN Madeira apela ao Governo Regional que reveja as suas prioridades e que, no debate e votação do Orçamento Regional para 2025, dê a devida atenção às necessidades estruturais da classe docente, garantindo que a educação da Região Autónoma da Madeira tenha a qualidade e a sustentabilidade que todos os madeirenses merecem.