A porta-voz do PAN defendeu hoje que o sucessor de Miguel Albuquerque na presidência do Governo Regional da Madeira não pode ter qualquer ligação aos negócios que estão a ser investigados.
Falando aos jornalistas durante uma visita à Associação Portuguesa de Educação Ambiental (Aspea), Inês de Sousa Real afirmou que a escolha do novo líder do Governo Regional cabe ao PSD/Madeira, salientando que “aquilo que o PAN pretende salvaguardar é que não tem qualquer ligação a nenhum destes projetos nem a nenhuma tomada de decisão relacionada com os projetos que estão a ser investigados”.
A líder do PAN afirmou também que a estrutura regional do partido “está em contacto permanente” com o PSD/Madeira, mas não tem uma palavra a dizer sobre a escolha.
O PAN quer também que sejam excluídos do orçamento regional “quaisquer apoios ou financiamentos ou execução” dos projetos que estão a ser investigados, defendendo a suspensão de obras como o teleférico do Curral das Freiras.
A deputada única alertou que o eventual adiamento da aprovação do orçamento regional “vem atrasar a execução quer de fundos comunitários, quer de apoios sociais que são da maior relevância para as populações”.
Questionada sobre a posição do CDS-PP/Madeira, parceiro de coligação do PSD no Governo Regional, que pediu a exoneração imediata de Miguel Albuquerque e a indigitação de um novo executivo, Inês de Sousa Real considerou que “vem correr atrás do prejuízo porque a decisão já deveria ter sido tomada lá atrás, e quem acabou por tomar essa decisão foi efetivamente o PAN”.
“O CDS vem fazer aqui um número político absolutamente desnecessário”, criticou.