Na Madeira e de acordo com os dados disponíveis, a batata-doce ocupava em 2024 uma área na ordem dos 434 hectares, com a produção a atingir as 10.500 toneladas e o rendimento a situar-se nos €12.390.000, o que significa, quando comparados com os valores de 2020, que, embora se registe apenas uma ligeira alteração na área cultivada, na ordem de 1%, há que destacar o significativo aumento na produção, em cerca de 43%.
Marco Caldeira, diretor regional da Agricultura e Desenvolvimento Rural visitou a exploração do empresário agrícola Maurício Fernandes, localizada na freguesia do São Jorge, concelho de Santana. Com uma área total superior aos três hectares, a exploração agrícola produz, para além de vinha e de batata, batata-doce, que ocupa uma área aproximada de 8 000 m2, com toda a produção a ser escoada para o mercado regional.
De notar que a batata-doce da Madeira é reconhecida pela União Europeia desde julho de 2024 como Denominação de Origem Protegida (DOP), um estatuto que protege, identifica e valoriza as variedades tradicionais «Brasileira», «5 bicos», «Cenoura regional», «Inglesa», «Cabeiras», «Amarelinha» e «Cabreira branca do Porto Santo» em todo o mercado europeu.
Marco Caldeira aproveitou a visita efetuada para reiterar o compromisso da Direção Regional na defesa do melhor interesse de todos os agricultores, afirmando ainda que “é importante que se continue a privilegiar as culturas com potencial de crescimento, a exemplo da batata-doce, dada a elevada qualidade que evidencia e o aumento constante da procura, beneficiando também do reconhecimento do estatuto DOP”.
A cultura da batata-doce da Madeira continua a ser uma aposta segura, uma vez que o seu consumo tem vindo a crescer de forma relevante em todo o mundo, mas particularmente no continente europeu, muito pelo efeito da fácil adaptabilidade e do elevado teor de nutrientes.