Em Dia Nacional do Mar, o JM reuniu na sua redação Teófilo Cunha, o secretário regional do Mar e Pescas, Paula Cabaço administradora da APRAM, Nuno Teixeira, da Sociedade de Desenvolvimento da Madeira, e Luís Damião, administrador da Tecnovia, dando corpo a um fórum de discussão dos desafios e oportunidades oferecidas pelo mar, reunindo no painel.
Teófilo Cunha, secretário regional do Mar e Pescas desde 2019, garantiu que a aquacultura é para continuar na Madeira assegurando que "não é só o secretário regional e o Governo Regional a o defenderem, é também as Nações Unidas".
O governante explicou que "a população está a aumentar a um nível de 80 milhões de pessoa a cada ano e há indicações claras que se se continuar neste ritmo de captura de peixe selvagem, dentro de 30 a 40 anos não haverá peixe selvagem".
Ou seja, "não há outra forma de fazer o acesso das populações ao pescado, se não for pela aquicultura", naturalmente, "desenvolvendo esta atividade de forma sustentável".
Na Madeira, "os dados estão lançados, o plano foi aprovado há cerca de seis anos" e a outra opção será "continuarmos a viver felizes e contentes importando [Portugal] 2,6 biliões de euros ao ano em pescado".
Na renovação da frota pesqueira dos (23) espadeiros confirmou a inscrição de um milhão de euro no orçamento de 2023, num investimento do Governo Regional que será plurianual, com verbas idênticas nos anos seguintes, convocando os armadores para decidem o que irão fazer. Nessa certeza de que a União Europeia não permite um apoio superior a 50%, reatando negociar ainda com Bruxelas a questão do fundo perdido.
David Spranger