O governo norte-americano processou hoje a Apple por práticas anticoncorrenciais e monopolistas ligadas ao iPhone, procedimento que a multinacional negou.
“Todas as decisões tomadas pela Apple estabeleceram e reforçaram as defesas que protegem o seu monopólio no domínio dos ‘smartphones’”, segundo o texto divulgado pelo Departamento de Justiça e apresentado num tribunal federal de Nova Jérsia.
“Os consumidores não deveriam ter de pagar preços mais altos porque as empresas violam as leis antimonopólio”, afirmou o procurador-geral, Merrick Garland, em comunicado.
“Se isso não mudar, a Apple continuará a fortalecer o seu monopólio nos ‘smartphones’”, acrescentou.
A ação, movida pelo Departamento de Justiça e por 16 procuradores-gerais estaduais, acusa a Apple de ter restringido o acesso à tecnologia que usa para iPhones de forma a aumentar os custos para os consumidores e dissuadir potenciais rivais de lançar outros ‘smartphones’ no mercado.
A Apple, que tem sede em Cupertino, na Califórnia, negou as acusações enquanto as suas ações, que integram as 30 cotadas do índice Dow Jones na bolsa de Nova Iorque, registavam uma queda de 3,55% às 16:30 (hora de Lisboa).
“Este processo ameaça o que somos e os princípios que diferenciam os produtos da Apple em mercados intensamente competitivos”, defendeu a Apple, afirmando ainda que se o processo for bem-sucedido abre “um precedente perigoso”, dando poder ao governo para intervir no desenho da tecnologia.