O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, voltou a apelar aos seus aliados ocidentais hoje, após um novo ataque a Kharkiv, para que permitam a Kiev atacar alvos militares no interior da Rússia, em particular bases aéreas.
“Só uma solução sistémica pode opor-se a este terror: a solução de longo alcance para destruir os aviões militares russos onde estão baseados”, afirmou Zelensky.
“Esperamos que as decisões adequadas venham, em primeiro lugar, dos Estados Unidos, do Reino Unido, da França, da Alemanha e da Itália”, acrescentou no seu discurso diário.
A meio da tarde, uma bomba guiada lançada pela força aérea russa atingiu um edifício residencial em Kharkiv (nordeste), uma grande cidade ucraniana, alvo regular deste tipo de ataques.
O chefe de Estado anunciou ainda ataques russos com bombas guiadas nas regiões de Soumy e Donetsk.
O município de Pokrovsk, um importante centro logístico e de comunicações na região de Donetsk, informou também hoje que a cidade tinha sido atingida durante a manhã por dois bombardeamentos de artilharia, que mataram uma pessoa.
Observadores militares estimam que o exército russo esteja a menos de dez quilómetros de Pokrovsk. O abastecimento de água e de gás foi cortado na cidade na quinta-feira, na sequência de ataques.
Perante a aproximação das tropas russas, as autoridades ucranianas retiraram milhares de habitantes da cidade desde meados de agosto e estão a apelar aos que ficaram para que partam.
No início de setembro, o chefe da administração regional de Donetsk, Vadim Filachkine, afirmou que 26.000 pessoas, incluindo mais de mil crianças, ainda se encontravam em Pokrovsk, que tinha uma população de cerca de 50.000 pessoas antes da invasão russa em fevereiro de 2022.
Outras cidades no leste da Ucrânia, como Bakhmout e Marioupol, foram conquistadas por Moscovo.