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Venezuela condena golpe de estado na Guiné-Conacri e pede libertação de PR

JM-Madeira

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Data de publicação
06 Setembro 2021
18:42

A Venezuela condenou hoje o golpe de estado na Guiné-Conacri e "exige" que o Presidente Alpha Condé seja libertado, "detido ilegalmente".

"A República Bolivariana da Venezuela condena o golpe de Estado perpetrado contra o Governo do Presidente Alpha Condé, na República da Guiné e deplora a suspensão da sua Constituição e do estado de Direito, assim como a detenção ilegal do seu Presidente", explica o Ministério de Relações Exteriores venezuelano através de um comunicado.

No documento, divulgado em Caracas, o Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, expressa a sua solidariedade com o povo da Guiné-Conacri e "faz votos pelo restabelecimento da Ordem Constitucional e a segurança de todos os seus cidadãos".

"A República Bolivariana da Venezuela expressa o seu apoio à democracia e à plena restauração do estado de Direito, e exige a preservação da segurança física e a libertação do Presidente Alpha Condé", conclui o comunicado.

As forças especiais guineenses, lideradas pelo seu comandante, tenente-coronel Mamady Doumbouya, dizem ter capturado no domingo o chefe de Estado para pôr fim à "má gestão financeira, à pobreza e à corrupção endémica", e ainda "à instrumentalização da justiça (e) ao atropelo dos direitos dos cidadãos".

Ao colocar a nação da África ocidental de novo sob domínio militar, pela primeira vez em mais de uma década, a junta informou que os governadores provinciais do país seriam substituídos por comandantes regionais.

Foi instituído um recolher obrigatório noturno, e a constituição do país e a Assembleia Nacional foram ambas dissolvidas.

A junta militar recusou-se a revelar quando pretende libertar Condé, mas garantiu que o Presidente deposto, com 83 anos, tem acesso a cuidados médicos e aos seus médicos.

O líder dos golpistas na Guiné-Conacri prometeu criar um "governo de unidade nacional" para liderar um período de "transição" política e assegurou que não haverá "caça às bruxas" contra o antigo Governo.

A tentativa de golpe de Estado foi já condenada pela Comunidade Económica de Estados da África Ocidental (CEDEAO), que exigiu também a "imediata" e "incondicional" libertação do Presidente da Guiné-Conacri, Alpha Condé, e o mesmo fez a União Africana e também a França.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, também já condenou "qualquer tomada de poder pela força das armas".

A Guiné-Conacri, país da África Ocidental que faz fronteira com a Guiné-Bissau, é um dos mais pobres do mundo e enfrenta, nos últimos meses, uma crise política e económica, agravada pela pandemia de covid-19.

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