O português detido hoje em Espanha por suspeita de atropelamento mortal de quatro pessoas, em Torrejon de Ardoz, arredores de Madrid, foi entregue à Polícia Nacional, enquanto os dois filhos menores que o acompanhavam ficaram com a mãe.
O suspeito foi retirado pela Polícia Nacional espanhola do quartel da Guardia Civil de Seseña, em Toledo, cerca das 19:15, onde esteve detido o dia todo, com dois filhos menores, de 16 e 17 anos, que por sua vez deixaram as instalações acompanhados pela mãe.
O automóvel com o qual ocorreu o atropelamento, um Toyota Corolla cinzento, onde viajavam o pai, os dois filhos e um sobrinho, foi retirado do local por uma grua.
O cidadão português foi detido a algumas dezenas de quilómetros do local do atropelamento, juntamente com dois filhos, que terão tentado fugir após o incidente, que se julga ter sido intencional, de acordo com relatos de vários meios de comunicação social espanhóis.
Após saírem à pressa do veículo, o pai e os dois filhos acabaram por ser interceptados pela Guardia Civil, enquanto um quarto ocupante do carro, o sobrinho do motorista, conseguiu fugir e está a ser procurado na região.
O atropelamento ocorreu cerca das 02:00, quando duas famílias celebravam um casamento cigano no restaurante El Rancho, na Avenida de la Constitución.
Segundo as primeiras investigações realizadas pela polícia, várias pessoas que não foram convidadas e que tinham divergências com alguns dos participantes invadiram o local, provocando uma briga.
No decorrer da luta, em circunstâncias que estão a ser investigadas, um carro com quatro ocupantes atropelou mais de uma dezena de pessoas.
Quatro pessoas morreram, quatro estão gravemente feridas, dois ficaram moderadamente feridas e outras duas são feridos ligeiros, especificaram fontes policiais e da Comunidade de Emergências de Madrid 112, que enviaram várias equipas para o local.
Os mortos são uma mulher de 66 anos e três homens de 68, 37 e 17 anos, todos espanhóis.
Segundo a imprensa espanhola, foram encontradas vários milhares de euros em notas, no carro, sob o assento do condutor.
Quando foi encontrada, a viatura suspeita de envolvimento no atropelamento tinha várias manchas de sangue e encontrava-se muito danificada.
Lusa