O capelão da Marinha foi hoje exonerado por Gouveia e Melo, na sequência das declarações feitas em defesa dos fuzileiros envolvidos nas agressões fatais do agente da PSP Fábio Guerra.
Segundo o i apurou, a exoneração já foi assinada pelo Chefe do Estado-Maior da Armada, Gouveia e Melo, que traçou linhas vermelhas para a conduta dos fuzileiros após confrontos à porta da discoteca terem causado uma morte.
O padre Licínio Luís criticou o Chefe do Estado-Maior da Armada nas redes sociais, considerando natural o comportamento agressivo dos fuzileiros alcoolizados numa saída à noite e pedindo por duas vezes "juízo" a Gouveia e Melo antes de julgamentos.
Segundo o jornal i, Gouveia e Melo convocou o padre Licínio Luís, que pediu desculpa pela publicação, entretanto apagada do Facebook, mas não se retratou publicamente depois de ter contrariado as linhas vermelhas traçadas pelo superior hierárquico aos fuzileiros.
"Não te deixes levar pelas primeiras impressões. Aguarda pelos que fazem o caminho certo. A justiça que siga o seu caminho... O senhor Almirante, que aguarde pela justiça. Julgar sem saber não corre nada bem", escreveu o padre Licínio Luís, acrescentando ainda que "os jovens estavam a divertir-se e foram provocados. Um deles é campeão nacional de boxe, no seu escalão, foi atingido à falsa fé e reagiu. Quem não o fazia. É selvagem por isso? O senhor Almirante nunca foi para a noite? Nunca bebeu uns copos? Juízo com os nossos julgamentos", continuou o capelão, pedindo respeito pelos fuzileiros. "Os nossos jovens têm direito a serem respeitados. Os jovens da PSP estavam no mesmo âmbito e alcoolicamente tão bem dispostos como os nossos. Juízo com os nossos julgamentos".
Carla Sousa