A Madeira vive um dos períodos mais conturbados da sua história política recente. Entre investigações judiciais, desconfiança generalizada e crises de governação, a estabilidade tornou-se um bem escasso. O atual Governo Regional está fragilizado, com a chocante realidade de que cinco dos seus oito membros estão constituídos arguidos. À justiça o que é da justiça, mas não deixa de ser, no mínimo, anormal que mais de metade do Governo da Madeira esteja a braços com processos judiciais. É o reflexo de um sistema em clara degradação, onde a prioridade parece ser a autopreservação, em vez do que verdadeiramente importa: mais saúde, mais habitação, mais emprego e melhores condições de vida para todos os madeirenses.
A situação torna-se ainda mais grave quando analisamos a resposta ineficaz aos incêndios devastadores de agosto. Com milhares de hectares consumidos pelas chamas, a falha na prevenção e no controlo, bem como a arrogância em admitir a necessidade de ajuda externa, deixaram marcas. As imagens da nossa Pérola do Atlântico a arder, enquanto Miguel Albuquerque se encontrava estendido numa espreguiçadeira no Porto Santo, são um retrato simbólico da ausência de liderança em momentos críticos. Aos líderes exige-se presença, especialmente nos períodos mais difíceis da nossa vida coletiva. Estas falhas, relembro, são alvo de análise na comissão de inquérito na ALRAM, proposta pelo PS.
Mas apesar dum panorama geral de instabilidade, e de parcas vozes dissonantes que tentam criar a ilusão de um PS Madeira dividido, com a criação de movimentos vazios, amplificadas por uma comunicação social hábil em transformar qualquer crítica ao partido em manchetes alarmistas, o PS Madeira está unido e preparado. As tentativas de fragilizar esta imagem não encontram eco na realidade. Este ano, o PS Madeira realizou o seu congresso, um momento que não só legitimou os seus órgãos como também reafirmou o compromisso com os madeirenses. Os processos internos do partido não são meros rituais políticos, mas sim provas de maturidade, estabilidade e democracia partidária. Os órgãos funcionam, como ficou demonstrado pela recente deliberação da comissão política face à moção de censura. Uma decisão ponderada, e demonstrativa da capacidade do PS Madeira de agir com responsabilidade e de forma alinhada com os interesses da região.
Num momento em que a instabilidade gerada pela má governação é mais evidente do que nunca, o PS Madeira surge como o porto seguro. Não apenas como uma alternativa política, mas como a melhor solução para devolver à Madeira a confiança e o progresso necessário. O partido apresenta um programa sólido, orientado para a recuperação da confiança, a sustentabilidade e a justiça social. Para todos, e não apenas para alguns, com propostas concretas na saúde, habitação e educação, áreas que são pilares fundamentais para garantir qualidade de vida e igualdade de oportunidades para todos.
O ambiente é outra prioridade. Após os trágicos incêndios, o PS Madeira reforça o seu compromisso com a prevenção de desastres e a luta contra a emergência climática, promovendo uma Madeira resiliente e sustentável. Ao mesmo tempo, o partido apresenta uma visão de estabilidade política, focada na construção de consensos e na liderança responsável, em contraste com a polarização e o conflito que têm marcado o atual executivo.
A Madeira merece mais. Merece líderes que governem para todos e não apenas para os poucos que perpetuam um sistema falido. Na eventualidade de novas eleições, as terceiras em menos de dois anos, estas deverão ser encaradas como uma oportunidade de garantir estabilidade verdadeira, sustentada por princípios éticos e orientada para o bem comum. Se os madeirenses forem chamados novamente às urnas, será o momento de exigir um governo que os represente a todos.
O PS Madeira está preparado para liderar este novo ciclo, devolvendo à população a confiança numa governação séria e comprometida com os interesses de todos os madeirenses. Com determinação. A mudança é necessária, e o PS Madeira está pronto para concretizá-la.