Ouve-se dizer por aí, nos mais diversos espaços e circuitos e em tantas outras praças de conversa da nossa Região, que os tempos são difíceis. Mas quando olhamos para os números, para os indicadores que a Madeira apresenta, porventura os tempos não serão assim tão difíceis.
Talvez o que queiramos dizer, é que certos atores políticos tentam tornar a vida das pessoas mais difícil, mais incerta, graças à sua manifesta irresponsabilidade. Digo isto porque é inegável que nunca tivemos indicadores tão positivos, nas mais diversas áreas.
Mesmo com estes números, aos quais já farei menção, houve quem entendesse, quer seja aqui ou comandado por Lisboa, que havia razões mais que suficientes para fazer cair um governo através de uma moção de censura e tentar paralisar a vida dos madeirenses.
Se nos debruçarmos sobre o estado da Região, observamos que estamos, ou estávamos antes da irresponsabilidade de todos aqueles que viabilizaram a moção de censura, no momento mais sólido e consistente da nossa economia. Batemos máximos nos mais diversos setores.
Desde o crescimento económico de 42 meses consecutivos, passando pela diminuição de mais de mil milhões de euros da dívida pública, até a taxa de desemprego de 5,7%, abaixo da média nacional, temos mais que razões suficientes para perceber que a estabilidade é um valor inegociável para o desenvolvimento da Madeira.
Se estes números não bastaram, acrescento o valor recorde do PIB, que ultrapassou pela primeira vez os 7 mil milhões de euros, e que leva a Madeira a ter um PIB per capita 8% acima da média nacional.
Fruto da boa gestão da res pública, da credibilidade junto das entidades financeiras, o rácio da dívida em relação ao PIB é de 71,4% na Região. A nível nacional este indicador situa-se nos 100,7%, e até estamos melhores do que a União Europeia, que apresenta 81,5%.
Evidentemente que estes dados só podem estar ao serviço das famílias, trabalhadores e empresas. Para além da subida do salário mínimo para o valor mais alto do país, 915 euros, temos também um aumento da remuneração média mensal, de cerca de 6% em 2024, alcançando os 1440 euros por mês.
É sintomático destes dados o facto de que a Madeira é uma Região onde a paz social impera, sem sobressaltos, ao contrário de outras partes do mundo, e até mesmo dentro do continente europeu.
Acredito, pois, que para qualquer madeirense não se afigure fácil compreender o porquê de estarmos novamente em processo de eleições, já marcadas para 23 de março. A quem serve esta instabilidade? Quem é que beneficia com o atual quadro político? Certamente não serão as famílias, os trabalhadores, as empresas.
É por isso que entramos numa fase decisiva para a Madeira. Uma fase de escolhas. Escolher entre quem garante a estabilidade para que tenhamos previsibilidade nas nossas vidas e que continuemos no rumo do crescimento, ou escolher os que, olhando a interesses pessoais e meramente políticos, fomentam a instabilidade, a discórdia e, direi até, uma certa anarquia.
O aproveitamento, por parte de certos partidos, da instabilidade artificialmente criada por eles próprios, é atroz. Como é atroz verificar que, sem qualquer base ideológica ou programática, já há jogos obscuros de bastidores, nas costas dos madeirenses, com o intuito de assaltar o poder a todo o custo.
Já sabemos ao que vamos. Se no passado tivemos figuras que queriam resolver os problemas comprando um hospital privado por 75 milhões de euros, hoje temos quem prometa, sabe-se lá como, construir 500 casas por ano. Os atores políticos são os mesmos, tal como o populismo, as promessas vãs e inconsequentes, e o aproveitamento político da instabilidade por eles criada.
Da parte do PSD Madeira, iremos para o terreno, percorrendo as ruas, becos e veredas, com a mesma proximidade e convicção de sempre, com uma mensagem e propósito claros e bem definidos: estabilidade, estabilidade, estabilidade.
E que todos, mas todos, percebam o que está em causa e estejam à altura da ocasião. O futuro da Madeira está nas mãos de cada um de nós. O momento atual não se coaduna com caprichos, com leviandades políticas, nem com irresponsabilidade. Precisamos de estabilidade, confiança e compromisso.