O progresso em direção ao ODS 6 não está onde precisamos, e o fracasso em alcançá-lo ameaçará o sucesso da Agenda 2030 como um todo.
Na União Europeia continuamos empenhados em alcançar este desiderato, com progresso nos últimos anos a nível de acessibilidade ao saneamento, com principais objetivos em proteger a qualidade dos recursos hídricos e em garantir o seu uso sustentável, através das mais variadas políticas em vigor.
Desde a primeira iniciativa de cidadãos europeus "Right2Water", que promoveu junto das instituições europeias o direito de todos os cidadãos à água e que defendeu que o abastecimento de água e gestão dos recursos hídricos não devem estar sujeitos às regras do mercado interno, que as instituições europeias estão na dianteira na promoção das políticas de sustentabilidade da água.
É exemplo disso a aprovação da Diretiva da Água, até hoje o mais importante instrumento político da União Europeia sobre a água, que determina o quadro comunitário de governação para a gestão integrada da água e que tem como principais objetivos a redução da deterioração da sua qualidade e a redução da poluição química.
A nível mundial, continuamos preocupados e a trabalhar para esbater as dificuldades e as iniquidades no acesso à água potável, nomeadamente entre mulheres e crianças em países em desenvolvimento.
Esta luta ficou clara, em especial desde 2019, com a adoção de novos objetivos sobre a água na Ação Externa da UE pelo Conselho de Relações Exteriores da União Europeia. Todos são chamados para esta luta, apesar dos mais jovens serem os mais envolvidos nesta missão, pela defesa e proteção deste tão importante recurso. Pelas novas gerações não é apenas pedido a todos uma mudança de hábitos de consumo, mas também que adotem comportamentos ambientais responsáveis.
Na Madeira, felizmente, a nossa água é um recurso seguro para o consumo humano. 99% da água é de boa qualidade. No continente, igualmente, o seu consumo é seguro. Mas lá porque o nosso território permite obter estes resultados, não o devemos dar como garantido.
Mais informação sobre a importância deste recurso, no combate às alterações climáticas e na proteção ambiental, pode facilmente influenciar o paradigma político, da necessidade de salvaguardar este bem tão precioso e escasso.