Quando um investidor estrangeiro pretende investir num país, a variável que surge à cabeça é a estabilidade política, a qualidade da democracia e o quadro normativo e fiscal de cada país.
Ninguém pretende investir num pais que tenha um ambiente desfavorável aos negócios, onde o risco político seja elevado e onde não exista possibilidade de estabelecer uma previsibilidade e segurança jurídica, fatores importantes nos negócios e nos investimentos que se pretendem efetuar.
Veja-se o exemplo de Portugal que, com sucessivas alterações legislativas e fiscais por parte do governo da república face ao mercado de arrendamento, tem conduzido a um menor investimento, quer por nacionais quer por estrangeiros nesta área, levando a uma contração no número de habitações no mercado de arrendamento, precisamente o contrário do pretendido.
Outras variantes, como as condições socioeconómicas, o quadro normativo e a burocracia são muito importantes na análise de risco do país, influenciando a confiança dos investidores e o processo de tomada de decisão da localização dos investimentos.
Assim, a estabilidade política, bem como a qualidade das instituições, nomeadamente a independência da justiça, alavancam a confiança dos investidores e conduzem a um maior crescimento económico. Obviamente que, apenas a estabilidade política, de per si, não é sinónimo nem de crescimento económico nem de capacidade de atração de investimento estrangeiro.
Todos os outros fatores atrás mencionados em conjunto representam o risco do país e se este é um lugar apetecível para investir.
Em resumo, a estabilidade política é um fator crítico para atrair investimento estrangeiro. Ela cria um ambiente confiável, previsível e seguro para os investidores, o que, por sua vez, pode impulsionar o crescimento económico e o desenvolvimento de um país.
Neste contexto, na Madeira, a estabilidade política traduz-se num ambiente favorável à atração de investimento estrangeiro e no consequente aumento da riqueza da região.