Todos sabemos que o IDE tem efeitos positivos na economia, nomeadamente através da transferência de tecnologia, de know-how, acesso a mercados internacionais, criação de novos postos de trabalho, novos modelos de gestão e, por fim, um efeito multiplicador na restante economia.
Infelizmente isto nem sempre acontece e, apesar do Investimento Direto Estrangeiro ser quase sempre apresentado como muito positivo para o desenvolvimento económico das regiões que o recebem, existem, no entanto, algumas desvantagens, nomeadamente:
O investimento direto estrangeiro pode provocar o encerramento e desaparecimento de algumas empresas locais financeiramente mais débeis, bem como exercer uma maior procura sobre a mão de obra mais qualificada e, em último grau, com o desaparecimento de empresas locais, poderá conduzir a situações oligopólio/monopólio.
Outra problemática prende-se com a transferências de fundos, uma vez que a longo prazo, normalmente os fundos que saem do país são muito superiores aos inicialmente investidos.
Por vezes o investimento é captado através da atribuição de apoios a fundo perdido e de reduções da carga fiscal, o que pode provocar quer distorções no mercado interno quer a canalização de fundos que antes eram destinados ao apoio das empresas locais para a atração de investimento estrangeiro.
Em Portugal as principais limitações apontadas como entraves à captação de investimento direto estrangeiro estão relacionadas com a rigidez do mercado laboral, a burocracia e o funcionamento lento da justiça.
Apesar das desvantagens que o Investimento Direto Estrangeiro possa acarretar, as vantagens na maioria dos casos são muito superiores, promovendo a criação de riqueza e a melhoria na qualidade de vida das populações.
Daqui se afigura a necessidade de uma enorme planificação na captação de investimento estrangeiro, de forma a não incentivar a entrada de fundos predatórios, que em nada contribuem para o desenvolvimento da região.