Faz lembrar aquelas noivas feiinhas que ficaram à porta da igreja”, dizia o galã Albuquerque acerca da coligação governativa almejada pelo PS, mas que não mereceu a aprovação de mais nenhum outro partido. Pois bem. Se é verdade que os olhinhos feitos por Cafôfo não se cruzaram nem com os matreiros do Élvio Sousa nem com os pesados do Nuno Morna, passando pelos excitados da Mónica Freitas e os tortos do Miguel Castro, também não é mentira que Miguel Albuquerque já foi visto com melhores olhos. Sim, o nosso menino Jesus já esteve no altar, mas agora anda pelas palhinhas. Até o Coelho (que não costumava fazer parte do presépio) já veio sugerir um debate interno no PSD. Uma espécie de convite a mais umas internas, mas desta vez a três!?
Não sei. Sinceramente eu já nem sei o que esperar. Olho à volta e não vejo solução. Bem, ver eu até vejo... Mas não sei é se a pessoa estará disponível! Uma vez que a República parece caminhar para os braços de um Almirante, porque não entregamos os destinos da ilha a um Coronel? Pensem comigo, o António Nunes, não está de saída da Proteção Civil? Está pois. E assim como assim, já está habituado a polémicas... A sério. O meu amigo deve ser dos poucos que, em tão pouco tempo, viu serem-lhe apontados tantos defeitos.
1.º foi a renda da sua humilde habitação. Depois a ausência de habilitações para o cargo. Isto para não falar da falta de licença de um heliporto e da gestão dos incêndios. Vá lá que, por sorte, é bem parecido! Senão era mais um que ia ser julgado pela ausência de boniteza.
Bonito, bonito tem estado o trânsito. Tanto que há dias quiseram convidar-me para ir ver as luzes e as únicas que vi foram as de stop dos carros à minha frente. Mas posso dizer-vos que estavam lindíssimas... E para se apagarem era um tormento! Tanto é que, por estes dias, promoveu-se um debate sobre a Mobilidade na Sala da Assembleia Municipal do Funchal. O primeiro a falar, na qualidade de munícipe, foi Marco Cabral. O adjunto do Gabinete de Apoio à Presidência da Câmara Municipal do Funchal mostrou-se contra a criação das faixas Bus e apontou o dedo à falta de celeridade dos transportes públicos. Pois é. Eu até concordo. Só fiquei foi a pensar como quereria ele resolver este problema. Colocar um pendura ao lado do motorista? E pô-lo a dar notas? “Direita 6 80. Esquerda 3 60”? Era isso? Bonito serviço. Daqui a nada temos rampas para os horários...
Queixou-se ainda da “pressão” que os turistas trouxeram às carreiras! E aí eu fiquei atónito. É que eu ia jurar que não havia um cámone que se fizesse à estrada sem ser num carro alugado. Palavra de honra.
Por fim, apontados os problemas, sugeriu soluções. Uma delas foi o “desfasamento de horários”. Sim, que a malta não se deslocasse toda à mesma hora. Uns podiam entrar mais cedo. Outros mais tarde. Outros ainda mais tarde. E alguns até nem precisavam de pôr os pés no trabalho só para não atrapalhar... Pessoalmente não acho mal! Ainda para mais porque tenho um exemplo muito próximo dessa falta de sincronia. O senhor meu pai há muito que se espanta quando me queixo do trânsito. Garante que às duas da manhã consegue fazer o trajeto do consultório para casa sem se cruzar com um carro que seja... E eu acredito! Mas não pago para ver. A essa hora eu já vou no meu terceiro sono e ele já tem idade para fazer o mesmo. A sorte dele é que tem uma noiva do PSD... Para Sempre Dedicada.
Ps, aproveito para, publicamente, solidarizar-me com Lula da Silva. Pelo que soube, foi operado ao cérebro. O feedback foi positivo. Não encontraram rigorosamente nada. Graças a Deus. No entanto parece que tiveram que voltar ao bloco. Uma vez que, na primeira, não havia nada dentro, agora é para colocar?
Deus não é brasileiro, mas Deus é mesmo grande.
Pedro Nunes escreve ao domingo, todas as semanas.