Associada ao seu histórico carácter de neutralidade, cerca de 35 organizações internacionais, governamentais e não governamentais, têm a sua sede localizada na Suíça, como por exemplo o Fórum Económico Mundial, o Comité Internacional da Cruz vermelha, a Organização Mundial do Comércio, a Organização Internacional para os Refugiados e, a nível desportivo, o Comité Olímpico Internacional, a FIFA e a UEFA.
Ao nível económico, o sector terciário é o mais importante, no qual se incluem a banca, as seguradoras e o turismo. Sendo que o sector dos serviços atinge 74% do PIB, a indústria com 25% e a agricultura com apenas 1%.
Devido ao elevado sigilo bancário e à estabilidade do franco suíço, o país é a maior praça financeira para a gestão de fortunas.
Contrastando com a escassez de matérias-primas, existe uma mão de obra altamente qualificada, obrigando a Suíça a manter relações comerciais intensas com o estrangeiro.
Quanto ao comércio internacional suíço, os serviços (bancos, seguros e turismo) têm uma posição dominante, sendo esta área responsável por 29% de todas as exportações e 20% das importações.
Oficialmente, mais de 260 mil portugueses vivem na Suíça, um número que corresponde ao terceiro maior grupo de migrantes no país, depois de italianos e alemães. Muitos jovens migrantes portugueses têm diplomas e são altamente especializados em áreas onde há falta de mão-de-obra como o setor da saúde. Em 2020, ano marcado pelos efeitos da pandemia covid-19, as remessas enviadas para Portugal pelos emigrantes da Suíça ultrapassam, pela primeira vez, as dos emigrantes de França, passando os mil milhões de Euros.
Segundo dados do SEF -Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, em 2018, residiam na Madeira, de forma oficial, setenta e quatro cidadãos de nacionalidade suíça. No ano de 2019 entraram na madeira 26.153 turistas oriundos da suíça com uma estada média de cinco noites.
A Suíça constitui, pois, uma excelente janela de oportunidades para a região:
n Como mercado de destino para a exportação de produtos regionais, beneficiando da ligação afetiva dos portugueses aí residentes e do elevado poder de compra dos seus cidadãos.
n Como destino de excelência dos cidadãos suíços, nas áreas do Turismo e do Real Estate, particularmente no setor da saúde e na área dos residentes não habituais, atraindo para a região aposentados com elevados rendimentos.
Para que tal suceda, será necessário promover protocolos de cooperação e promoção da região com entidades portuguesas na Suíça, bem como garantir a existência e frequência adequada de voos diretos entre a Suíça e a região, regulares ou em formato charter.