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Artigo de Opinião

Economista

18/12/2021 08:00

No Natal comemoramos o nascimento de Jesus, e como Jesus nasceu para nos salvar, é preciso também um novo salvador para Portugal.

Nos últimos 20 anos, os aspetos determinantes da evolução da economia portuguesa são, inequivocamente, a estagnação económica e o empobrecimento em relação aos outros países da zona euro com que nos comparamos. E a culpa é, sem margem para dúvidas, dos governos socialistas.

O empobrecimento do país implica salários baixos, salários insuficientes para reter jovens com ambição de subir na vida e atrair imigrantes qualificados, uma classe média empobrecida, pensões de reforma que não permitem uma vida digna, desigualdades sociais e elevado nível de pobreza, cuidados de saúde de baixa qualidade para quem não dispõe de recursos para acesso à medicina privada e degradação do ensino público.

Esta degradação social que vimos a assistir nas últimas 2 décadas deve-se sem qualquer sombra de dúvidas aos sucessivos governos socialistas.

Portugal irá receber no período de 2021 a 2027 apoios financeiros da União Europeia de montante elevadíssimo, nunca antes verificado. Isso não impede a previsão, muito generalizada, de que, com as orientações de política económica que têm vindo a ser seguidas pelo atual governo, não se verificará a inversão da decadência do país. Corremos o sério risco de ver todo este dinheiro gasto e continuarmos na cauda dos países europeus como o mais pobre da Europa.

Por isso urge uma profunda mudança política no nosso país, precisamos nos próximos anos de uma governação e políticas sociais-democratas, necessitamos ao exemplo de 2011 a 2015, ter um governo de salvação nacional e de rigor na gestão destes fundos europeus.

Sem uma clara mudança das políticas e de rumo, que permita desfazer os bloqueios ao desenvolvimento económico e social, Portugal continuará a cair para a cauda da zona euro em termos de riqueza produzida por habitante. Será penoso ver o país perder uma oportunidade de ouro para se aproximar do pelotão da frente da UE.

Precisamos de uma nova governação que assuma como prioridade efetiva o aumento da produtividade e da competitividade, através da execução de medidas estruturais e reformas do Estado que favoreçam a expansão do investimento nacional e estrangeiro nos setores de bens transacionáveis, o aumento das exportações e o desenvolvimento de atividades de elevado valor acrescentado. Precisamos ainda de uma nova visão para a questão dos impostos e o seu papel no desenvolvimento económico e social do país.

Assim, mudança é a palavra-chave para que o país tenha sucesso económico e social.

É preciso neste período de 2021 a 2027, recuperar as posições perdidas e aproximar Portugal do topo dos países da UE em termos de desenvolvimento.

Em relação à Madeira e aos madeirenses, urge que essa mudança aconteça, para que possamos ver os pedidos ao menino Jesus concretizados e podermos assim, ter um hospital novo e bem equipado, cofinanciado em 50% pelo Estado, um barco a ligar a Madeira ao território continental, viagens de avião a 86€ para a ligação com o continente português, um apoio inequívoco ao Centro Internacional de Negócios da Madeira, e a sua defesa pelo Estado, e uma revisão profunda à Lei das Finanças Regionais, para que possamos ter mais e melhor autonomia fiscal, para desenharmos o nosso caminho no desenvolvimento económico e social.

Precisamos de assistir ao renascer de um novo Portugal, mais justo, mais equitativo e mais solidário.

Umas boas festas, um santo Natal e que renasça o orgulho nas políticas de Portugal.

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