Mais umas eleições europeias e mais uma vitória do PSD M, líder da coligação da Aliança Democrática (AD) na Madeira e principal responsável pela campanha na nossa Região.
Este ato eleitoral foi encarado pelo PSD Madeira com muita responsabilidade. Depois de termos sido destratados pela liderança nacional do nosso próprio partido, que entendeu que o maior feudo social democrata do país devia ficar relegado para o nono lugar, não baixámos os braços.
O PSD Madeira apresentou uma grande candidata, uma mulher da primeira linha de combate do nosso partido: Rubina Leal. Candidata, essa, que demonstrou como se pode fazer uma grande campanha, apesar da dificuldade da sua eleição, e que encarou este desafio como ninguém.
Rubina Leal deixou-nos um grande exemplo de como assumir compromissos apesar das dificuldades, deixou-nos o exemplo da humildade e mostrou que somos um grande partido porque o PSD Madeira é feito de pessoas que sabem aceitar reptos difíceis e dar a cara pelos militantes. Porque, quando é fácil, todos parecem disponíveis, mas é nestes momentos que se demonstram o carácter, a lealdade e a responsabilidade para com a Região.
Na Madeira, o Partido Socialista carregou mais uma derrota - a quarta em menos de nove meses - e cuja liderança terá de carregar nas costas. Desta feita, o PS não teve ajuda dos seus aliados do JPP, (desta vez o Paulo e o Élvio não se entenderam) para, pelo menos, os auxiliar no concelho onde são poder autárquico.
No sentido inverso, a Aliança Democrática ganhou em 51 das 54 freguesias, em 10 dos 11 concelhos, não deixando margem para dúvidas: a liderança de Miguel Albuquerque continua a ganhar eleições. A máquina laranja continua a funcionar e os Madeirenses continuam a dar o seu apoio ao PSD Madeira, rejeitando a esquerda e os marxistas.
A nível nacional, a Aliança Democrática perdeu as eleições (ainda que tenha dúvidas de que os mais de 53 mil votos do ADN fossem efetivados para si dirigidos).
O PSD nacional tem, por isso, que fazer uma reflexão profunda. O partido de governo, que vem de uma vitória no passado dia 10 de março, não podia falhar nas europeias perante o seu maior adversário.
Os liberais ganharam terreno com um bom resultado que poucos estavam à espera, um terreno que o CHEGA perdeu. Nota-se e confirma-se, aliás, a dificuldade deste partido quando o cabeça de lista não é André Ventura.
Os comunistas do Bloco e do PCP perderam mais de 200 mil votos comparativamente com as europeias de 2019. Continuam, mesmo, a perder eleitorado, o que não deixa de ser uma grande notícia.
Na diáspora, a AD ganhou nos quatros cantos do mundo, pois as comunidades continuam a confiar o seu voto ao PSD. A abstenção também desceu, apesar das dificuldades de deslocação aos consulados em muitos países. A participação foi muito superior àquela que foi registada nas últimas eleições de 2019 (mais do dobro de eleitores), mas, mesmo assim, apenas ultrapassou os 2% de participação.
Devemos repensar seriamente a possibilidade do voto eletrónico para a nossa diáspora, um anseio dos nossos emigrantes, que, em algumas situações, vivem a mais de 300 km do consulado.
Esta eleição europeia tem muito que se diga. Apesar da abstenção ser elevada, foi já inferior em comparação à de 2019 e foi, ainda, das taxas de abstenção mais baixas dos últimos vinte anos.
O voto em mobilidade foi uma grande aposta. Poder votar em qualquer parte do território nacional e fora do país em qualquer consulado propiciou uma maior participação, o que nos deixa esperança cívica no futuro.