O Ministério Público promoveu esta manhã a medida de prisão preventiva apenas para um dos arguidos detidos no âmbito da operação ‘Ab Initio’, revelaram os advogados à saída do Palácio da Justiça.
“As senhoras procuradoras da República propuseram medidas de coação que não envolvem prisão preventiva, com exceção de um dos arguidos”, adiantou o advogado João Nabais, que representa o presidente da Câmara da Calheta, Carlos Teles. “Apesar da oposição geral, da minha parte e de outros, mesmo a essas medidas de coação, parece, apesar de tudo, que há um certo equilíbrio.”
Questionado sobre a qual dos arguidos tinha o MP pedido a prisão preventiva, o advogado indicou apenas que não se trata do seu cliente. De acordo com João Nabais, as procuradoras promoveram a proibição de sair para o estrangeiro, a proibição de contacto com os restantes arguidos, e ainda uma caução.
“Eu opus-me, mas não me faz impressão nenhuma, até porque quando há um processo desta natureza a correr, é normal que se peça essa proibição de contactos, até para salvaguardar os arguidos”, disse, manifestando-se globalmente satisfeito. “Fico contente que não tenha sido pedido nada nesse sentido [suspensão de funções], o que significa que a avaliação que é feita não é aquela coisa monstruosa que inicialmente parecia existir. Acho que estamos no bom caminho.”
Ainda sobre o cargo de Carlos Teles enquanto autarca da Calheta, João Nabais reforçou que o seu cliente “não está impedido de continuar a exercer as funções” e acrescentou que, no seu entender, “não tem nada que as suspender”.