O ADN, em comunicado assinado por Miguel Pita, diz “lamentar” que “uma vez mais a nossa Região esteja a ser notícia para o todo o Mundo por (alegada) corrupção na política regional, em que os prevaricadores continuam sendo os mesmos que deram origem à anterior megaoperação da PJ e MP a 24 de janeiro deste ano, ou seja, membros do nosso Governo Regional, autarquias e desta vez até envolve o próprio partido político que está no poder”.
O ADN não considera “uma simples coincidência” o anúncio de Miguel Albuquerque “em querer alterar a Lei Eleitoral com tanta urgência, precisamente quatro dias antes desta nova megaoperação da PJ”. “Parece-nos mais que óbvio que a intenção deste Executivo será no caso da necessidade de novas eleições antecipadas, conseguir antes aprovar esta nova lei que irá facilitar a maioria absoluta do PSD e desta forma perpetuarem-se no poder, através da criação de 13 círculos eleitorais e respetivo Método de Hondt’, que só irá favorecer os dois grandes partidos políticos, em detrimento dos que têm menor ou nenhuma representação parlamentar”, acusa Miguel Pita.
O Partido ADN reitera que “respeitará sempre a ‘presunção de inocência’ dos visados nestas duas megaoperações, mas achamos impróprio e motivo de falta de credibilidade político-social, a existência dum presidente do Governo Regional constituído arguido por suspeitas de atos de corrupção desde Janeiro 2024, beneficiando dessa imunidade parlamentar para não responder perante a justiça e agora surgirem novas suspeitas, desta vez sobre o partido político no poder de envolvimento em atos de financiamento ilícito”.
O ADN-Madeira antevê que “a comissão de inquérito para averiguação de responsabilidades governativas aquando dos últimos incêndios, terá o mesmo desfecho do tal ‘Gabinete anticorrupção’ que tanto se falou e achamos que já é tempo do Representante de Republica intervir nesta vergonha governativa que assola a nossa RAM, assim como todos os restantes partidos políticos com assento parlamentar façam jus às promessas que fizeram na altura de campanha eleitoral de “combate à corrupção, compadrio e tráfico de influências “e apresentem uma moção de censura na ALRAM a este Governo Regional da Madeira, pois achamos que já Chega de oportunidades concedidas, quando é mais que evidente perante todos os madeirenses e portosantenses o facto de há muito tempo andarmos desgovernados”.