O ADN – Alternativa Democrática Nacional informou, hoje, que se reuniu com o SERAM – Sindicato dos Enfermeiros da Região Autónoma da Madeira, com o objetivo de “avaliar as preocupações e necessidades laborais dos profissionais de saúde”.
A este propósito, numa nota enviada à redação, este partido recorda que na RAM existem aproximadamente 2060 enfermeiros altamente qualificados, “em que mais de 25% deles já são especialistas, competentes para lidar com uma vasta gama de condições médicas e utilizar tecnologias avançadas no tratamento dos pacientes”.
“No entanto, existe atualmente um défice preocupante de 280 enfermeiros em relação à crescente demanda por cuidados de saúde. Essa escassez exerce uma pressão adicional sobre esses profissionais, que muitas vezes enfrentam longas jornadas de trabalho e crescente responsabilidade, tornando também mais oneroso o pagamento de horas extras em detrimento da contratação de mais efetivos”, lamentou o ADN, aditando ainda que o cenário agrava-se, perante a estimativa de que nos próximos 8 anos se reformem mais de 340 enfermeiros.
É neste sentido que o partido aponta ser “urgente colmatar a falta destes profissionais”, “pois a média dos países da OCDE é de 9,2 enfermeiros por cada 1.000 habitantes, enquanto na RAM a média é de 7,6 muita aquém das necessidades”Em relação à tabela salarial, o ADN reafirmou o seu apoio à luta dos enfermeiros pela atualização da mesma, bem como melhores condições de trabalho e valorização da carreira.
“Propomos, portanto, uma adaptação da tabela salarial que permita percorrer, ao longo de 38 a 40 anos de trabalho, as diferentes posições horizontais, reduzindo o número de níveis para motivar os enfermeiros e tornar a carreira mais equitativa, seguindo o exemplo dos Técnicos Superiores das carreiras gerais. Além disso, defendemos a atualização adequada do valor das horas extras e a modificação da idade de aposentadoria para 38 anos de serviço ou um máximo de 62 anos de idade, bem como um aumento da percentagem de enfermeiros especializados”, acrescentou, reiterando também a sua defesa da criação de um subsídio de fixação para enfermeiros no Porto Santo.
Por seu turno, mais considerou que a correta contagem dos dias de licença no SESARAM não deve incluir os dias de folga, uma vez “estes já são justificados como períodos de descanso, além disso, é necessário aplicar os mesmos direitos aos profissionais em “união de facto”, conforme estabelecido por lei”.