Na reta final da campanha e com a presença do líder nacional do Chega, algumas dezenas de apoiantes do partido concentraram-se na Avenida Arriaga, junto à estátua de Gonçalves Zarco.
45 minutos depois da hora marcada, André Ventura e Miguel Castro foram parando para cumprimentar quem os interpelava, com registo para um senhor que questionava, alto e em bom som, se eram comunistas. André Ventura respondeu que não, e que era contra o comunismo.
Depois, em declarações aos jornalistas, o presidente do Chega afirmou que sente que o partido “não será penalizado no domingo, “muito pelo contrário”, por ter apresentado a moção que derrubou o governo de Miguel Albuquerque, reafirmando que os casos de suspeita de corrupção que recaem sobre o presidente do Governo não contam com o Chega para deixar passar.
André Ventura garantiu, por outro lado, que o Chega não fará acordos na Região à esquerda porque “não quer subsidiar quem não trabalha nem criminosos”, excluindo a hipótese de coligação com o PS e com o JPP. Sobre acordos pós eleitorais com o PSD, “depende do PSD fazer o trabalho de casa” e de decidir se “cede e faz uma limpeza dentro de casa ou se mantém Miguel Albuquerque”, a quem entende que “não tem condições para ser presidente do que quer que seja”
Salientando que o arquipélago precisa de estabilidade politica, André Ventura afirmou que as sondagens mostram que é possível uma maioria PSD/Chega, mas “nós não vendemos os nossos princípios nem transigimos em matéria de corrupção”.
Por isso, reafirmou que “a bola está do lado do PSD”.
Antes, também comentou que não tinha entendido como Luís Montenegro, líder do PSD nacional, tinha mantido o apoio a Albuquerque, afirmando que, depois do que se tem passado a nível nacional, com eleições antecipadas, devido aos casos envolvendo o primeiro-ministro, “Montenegro suporta Miguel Albuquerque porque é parecido com ele, também está sob suspeitas de ilegalidade”.
Por seu turno, Miguel Castro, cabeça de lista pelo Chega às Regionais de domingo, mostrou-se confiante de um bom resultado eleitoral. “Foi uma campanha muito intensa no terreno. Conseguimos que as pessoas viessem ter connosco, e isso tem sido fundamental. É um sinal que há uma abertura maior por parte da população e que os madeirenses querem a reforma na política madeirense que nós queremos implementar”.