A Casa da Moeda disse hoje que não avaliou um “suposto diamante” encontrado na Presidência da Câmara do Funchal e precisou que apenas certifica a autenticidade e a legalidade de metais preciosos.
O esclarecimento da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (INCM) surge após ter sido avançado na comunicação social que o diamante encontrado no gabinete do ex-autarca e arguido Pedro Calado é verdadeiro e que, segundo uma avaliação da INCM, valeria 50 mil euros.
A Casa da Moeda indica que “não foi solicitada nenhuma avaliação de diamantes à INCM, nem de quaisquer pedras preciosas ou materiais gemológicos”.
Além disso, explica que “esse tipo de avaliação não faz parte das competências e atribuições da Unidade de Contrastaria da INCM, onde apenas se certificam metais preciosos, no que toca à sua autenticidade e toque legal, mediante perícias e ensaios laboratoriais rigorosos”.
“A INCM jamais atribui qualquer valor financeiro ou monetário às peças que avalia, tendo em conta que esse valor é subjetivo e pode depender de vários fatores, como o trabalho artístico, a antiguidade ou o valor histórico, entre outros”, acrescenta.
Segundo a Casa da Moeda, os profissionais habilitados para fazer a avaliação de pedras preciosas ou materiais gemológicos são os “avaliadores de artigos com metais preciosos e materiais gemológicos ou ainda, no caso dos diamantes, os peritos-classificadores-avaliadores de diamantes em bruto, que são apenas titulados pela INCM para o exercício independente da sua atividade”, conforme o que está previsto na lei.
A pedra preciosa terá sido encontrada no gabinete do ex-presidente da Câmara do Funchal Pedro Calado na sequência das buscas que a Polícia Judiciária (PJ) realizou numa investigação por suspeitas de corrupção na Madeira.