O Chega-Madeira considera que o programa de governo apresentado pelo PSD de Luís Montenegro “não serve os interesses da Madeira e confirma que o PSD-Madeira não só não é levado a sério pela sua própria liderança nacional, como também já não exerce qualquer influência junto dos órgãos de governação da República”.
Segundo Miguel Castro, presidente do Chega-Madeira e líder da bancada parlamentar daquele partido, o programa de governo apresentado ontem e defendido hoje no parlamento nacional “não contém quaisquer respostas para os muitos desafios que condicionam a vida dos cidadãos da Madeira e do Porto Santo, visando apenas ludibriar os cidadãos e disfarçar a gritante incompetência da actual liderança do governo nacional”.
Nas suas palavras, “A AD não só demonstra enorme desrespeito para com a autonomia política que os madeirenses trabalham para defender e ampliar, como também nada diz sobre os temas que são verdadeiramente urgentes para a vida da Região”.
Nesse sentido, Miguel Castro questiona “que plano tem Luís Montenegro para a ligação marítima, para as ligações aéreas entre a Madeira e o Porto Santo, para o modelo de subsidiação das passagens aéreas, para o reforço dos órgãos de governo próprio ou para as muitas necessidades das forças de segurança que operam na Região? Não vemos nenhumas, que é algo que muito nos preocupa.”
A juntar a isto, identifica “um desgaste irreversível” na relação entre o PSD-Madeira e o PSD-Nacional, “o qual reflecte-se na incapacidade do PSD local de influenciar as políticas nacionais do seu próprio partido e confirma que os sociais-democratas já não são os interlocutores da Região na República, como muitas vezes gostam de afirmar”.
“O PSD de Montenegro nada quer ter a ver com o PSD de Albuquerque, acima de tudo porque quer distanciar-se das situações pouco claras em que os sociais-democratas da Madeira estão envolvidos. Logo, nunca será pelo PSD-Madeira que a Madeira é defendida no continente, mas sim pelo Chega, que tem um compromisso sério com a Autonomia e a Madeira”, remata Miguel Castro.