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Chega insiste em negligência nos incêndios na Madeira e pergunta por demissões

Data de publicação
24 Setembro 2024
18:01

Francisco Gomes, deputado madeirense eleito pelo Chega para a Assembleia da República, acusa o governo regional da Madeira de ter gerido a crise dos incêndios com incompetência e afirma que o Serviço Regional da Proteção Civil tem procurado ludibriar a opinião pública com “histórias mal contadas” de forma evitar consequências governativas da tragédia que assolou a Região no passado mês de agosto.

As declarações foram feitas na Comissão dos Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias da Assembleia da República, numa audição conjunta ao Sindicato Nacional da Proteção Civil e à Associação Portuguesa de Técnicos de Proteção Civil. A audição está integrada num número de audiências que serão realizadas no parlamento nacional sobre o tema dos incêndios na Região Autónoma da Madeira e que visam apurar as responsabilidades técnicas e políticas dos eventos dramáticos que tiveram lugar na Madeira.

Na sua intervenção, o deputado madeirense realçou que os incêndios expuseram o que é, a seu ver, a inércia, a incompetência e a falta de responsabilidade de uma liderança regional que, há muito, abandonou as responsabilidades que lhe assistem e transformou a governação num “manicómio em auto-gestão”. Para o parlamentar, em vez de estar interessada em apurar a verdade e em evitar que eventos semelhantes têm lugar no futuro, o governo regional está focado em esconder a verdade com “histórias mal contadas”.

“Assistimos a uma resposta tardia, desorganizada e insuficiente, que colocou ainda mais em risco vidas humanas, património natural e a segurança de todos os madeirenses. Aqueles que questionaram a conduta, foram tratados com a sobranceira e a arrogância que são típicas de quem despreza os cidadãos.”

Francisco Gomes colocou às entidades presentes na audição um número de perguntas que, a seu ver, são importantes para perceber a gestão feita pelos políticos e pela Proteção Civil, entre as quais o tipo, os tempos e a qualidade da resposta acionada pela Proteção Civil, a eficácia dos protocolos seguidos, a qualidade dos meios ao serviço dos bombeiros regionais, as estratégias que existem na Região para combater incêndios e as ilações técnicas políticas que podem ser retiradas da atuação do governo regional.

A concluir, o deputado do CHEGA questionou a comissão sobre as consequências políticas da gestão feita da crise dos incêndios e perguntou aos representantes do Sindicato Nacional da Proteção Civil e da Associação Portuguesa de Técnicos de Proteção Civil sobre o tipo de conduta que teriam, caso estivessem em posições de liderança no governo regional da Madeira.

“Se fossem o secretário regional com a tutela da Proteção Civil ou o presidente do Serviço Regional da Proteção Civil, o que é que tinham feito depois dos incêndios? Houve, ou não, negligência? Devem, ou não, ser demitidos? Há, ou não, covardia política?”, declarou.

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