A equipa da Confiança na Câmara do Funchal apresenta esta semana uma proposta que visa implementação do Plano Municipal de Poupança de Energia 2022-2023 e do Plano Director Municipal de Iluminação Pública.
"Num cenário económico de elevada tensão, com aumentos muito significativos dos preços da energia, advindos da crise geopolítica que lamentavelmente decorre actualmente na Europa, com consequências severas no sector energético, importa o Município do Funchal tomar as providencias necessárias e conducentes à redução da despesa municipal em energia, bem como liderar uma nova política de uso eficiente deste bem", refere um comunicado da coligação.
Considera a Confiança que "é premente cumprir o repto lançado pela União Europeia aos Estados Membros para implementarem uma redução voluntária no consumo energético, que vise a definição de um Plano de Poupança de Energia e que permita reduzir o consumo energético associado à iluminação pública, à iluminação interior e exterior, à climatização de espaços, nas piscinas e complexos desportivos, ao incremento da produção local de electricidade a partir de fontes de energia renovável, entre outras."
Em conformidade, a Confiança propõe que a Câmara Municipal do Funchal implemente o Plano Municipal Poupança de Energia 2022-2023 e o Plano Director Municipal de Iluminação Pública, através de um conjunto vasto de medidas, que de entre as quais se destaca: desligar as iluminações exteriores nos edifícios públicos às 24h; investir na implementação de sistemas de valorização energética em edifícios da autarquia e Unidades de Produção para Autoconsumo (UPAC); investir em sistema de aquecimento de água nos pavilhões e recintos desportivos, da autarquia, como o caso dos campos de São Martinho e de São Gonçalo; optimizar sistemas de rega de espaços verdes municipais; cooperar com a EEM, com vista à introdução de forma mais célere dos LEDs enquanto solução de poupança energética nos equipamentos de iluminação pública.
"O Funchal, bem como todo a nossa Região, tem sido beneficiário líquido da solidariedade europeia ao nível dos fundos comunitários, pelo que tem agora, o dever de mostrar a reciprocidade do apoio neste momento de crise e de escassez energética decorrente das sanções impostas à Rússia pela sua inaceitável decisão de invadir a Ucrânia e trazer a dor e o sofrimento a milhões de pessoas", refere o vereador Rúben Abreu.
Reforça ainda o autarca "que o custo da energia na iluminação municipais e de serviços municipais reverte sempre numa factura a pagar indirectamente pelos munícipes, numa época em que as taxas de juros e a inflação atingem valores preocupantes, quem os funchalenses já cortam nas despesas essenciais de supermercado e farmácia, exige-se que a Câmara Municipal do Funchal cumpra que a sua parte de reduzindo os gastos e desonerando os munícipes".