O presidente da ACIF-CCM, Jorge Veiga França, recorreu às redes sociais para reagir ao aumento do salário mínimo regional para 915 euros a partir de 1 de janeiro de 2025, aprovado ontem, por unanimidade, no parlamento regional. Na sua explanação, considera que se trata de uma “medida bem popular e eleitoralista da coligação que nos governa ao tomar a iniciativa deste enorme aumento salarial”.
Com esta aprovação, o salário mínimo mais alto do país passa a ser mesmo o da Região. Representa um aumento de 7,6% face ao salário mínimo em vigor na Madeira e representa o maior aumento salarial do país, acima dos 870 euros do Continente e 913,50 nos Açores, previstos para 2025.
“No Continente, o acordo conseguido entre os parceiros sociais (voto contra da CGTP/INTERSINDICAL) com o aval do Governo foi, neste particular, um aumento de € 50 durante os próximos quatro anos o que assegura previsibilidade, ou seja, € 870 de SMN para 2025; nos Açores que sempre negociaram um aumento anual de 5% (enquanto aqui se acrescentava 2,5%, que passou há duas anos para 3% e há um ano 3,5%...) sobre o SMN, aprovou-se € 913,5. Na Madeira, € 915! O maior de todo o país. Pergunto-me: somos mais ricos que os demais cidadãos lusos? Já não estaríamos em tempo de alterar o “mindset” e a “governance” estabelecidos e tomarmos iniciativas nossas, parceiros sociais, sem que as propostas partam do governo?”, questiona.
Veiga França sustenta que o crescimento tem de ser “sustentável” e que “o maior esforço de aumento dos salários tem de ser nas categorias intermédias e não no mínimo que se destina aos inexperientes sem formação alguma”.