Filipe Sousa afirmou aos jornalistas, à saída da reunião com Ireneu Barreto, que a posição do JPP, quanto ao futuro político da Região, não é novidade e, nesse sentido, vieram pedir eleições antecipadas quando for possível constitucionalmente.
“O dado novo nesta audiência, tem a ver com o facto de o Governo retirar a proposta de orçamento”, sustentou Sousa, falando em “trafulhice política” que “afeta gravemente a vida da população madeirense e das empresas”.
“Esta trafulhice compromete a vida dos madeirenses e a vida das oposições, porque nós ficamos aqui num dilema. Este governo andou aqui duas semanas a ‘engonhar’ e a protelar a decisão da discussão do orçamento.
Na última da hora, retiram essa proposta e agora vêm com a solução que a formação de um novo governo tem o único objetivo de manter este status, quando a legitimidade democrática está colocada em causa, fundamentou Filipe Sousa, com Élvio Sousa na retaguarda.
Num cenário de eleições antecipadas, deixou claro que o JPP vai sozinho e que acordos pós-eleitorais depende dos partidos e das pessoas, depois de ter dado ênfase a um “jamais” com Paulo Cafôfo.
Terminaram, assim, as audiências do dia no Palácio de São Lourenço em que o Representante da República para Região recolheu três pareceres favoráveis a eleições antecipadas (PCP, Chega e JPP) e o contra do CDS, que veio fazer pressão para a constituição de um novo governo e de um novo líder com base na “moção de confiança”, como exaltou Rui Barreto, líder do CDS-PP. Partido que, de resto, teve a reunião mais demorada do dia com Ireneu Barreto. Alongou-se por uma hora. Amanhã são ouvidos os dois últimos partidos: PS (10h00) e PSD (11h00).