Uma guia-intérprete partilhou hoje, com o JM, um desabafo por causa do trânsito caótico, que também se faz sentir na zona do Santo da Serra, devido à grande afluência de visitantes em carros particulares.
Segundo ela, turistas em automóveis de rent-a-car, e até mesmo madeirenses, protestaram devido à presença do autocarro de turismo no qual ela estava a desempenhar a sua função.
”Qualquer dia não conseguimos andar de autocarro nesta terra. Os motoristas nunca tiveram tanto stress na vida profissional. Esquecem os motoristas. Só se lembram deles em caso de acidente, mas evitam imensos acidentes todos os dias”, sublinha.
Sobre a situação vivida hoje, no Santo da Serra, disse ao Jornal que quase não podiam sair do autocarro e muito menos estacional. “Impossível”, afirmou.
“Caos e nada de polícia”, acrescenta a guia.
O turismo massificado que se reflete no aumento de viaturas ligeiras em circulação por toda a ilha, tem vindo a alterar, segundo a mesma fonte, a rotina das excursões turísticas.
“Temos de ir logo de manhã cedo para a Ponta de São Lourenço, logo de manhã cedinho para o Guindaste, logo de manhã cedinho para o mercado do Santo. E estamos, constantemente, a mudar os nossos itinerários em função deste turismo massificado. Ainda me lembro quando podíamos fazer tudo como estava no programa... Agora, cada dia é diferente”, desabafa.
Em defesa dos profissionais, que, como ela, enfrentam estas dificuldades diárias, lembra que não são os guias que fazem os itinerários, mas sim as agências.