Ao intervir na III Cimeira dos Arquipélagos da Macaronésia, o presidente do Governo Regional destacou a importância dos transportes, no turismo sustentável e na otimização dos recursos endógenos por via da inovação, matérias que considerou de interesse comum aos quatro arquipélagos atlânticos.
Neste contexto, sublinhou a dependência insular das ligações aéreas e marítimas para o transporte de pessoas e mercadorias, frisando que esta realidade “não se compadece com as novas políticas europeias de imposição de taxas de carbono, no contexto do Green Deal”.
“Regiões como as nossas deveriam de beneficiar de uma derrogação que as excluísse, na totalidade, da aplicação destas taxas, derrogação essa que não apresentasse limite temporal”, defendeu.
O líder do Governo Regiona entente que “é absolutamente contraditório a União Europeia reconhecer, por um lado, o estatuto específico da Ultraperiferia e, por outro, ao mesmo tempo, aplicar nestas Regiões taxas de carbono ao sector dos transportes aéreo e marítimo, que vêm agravar a já deficitária situação competitiva da economia bem como penalizar a população destes territórios insulares na sua oportunidade de mobilidade”.
Entre outras ideias partilhadas com os presentes, Miguel Albuquerque vincou que a Macaronésia, para além do seu conceito de região biogeográfica, “é um espaço de concertação política e de cooperação para o desenvolvimento, onde, além da questão dos laços históricos, da afetividade, das afinidades geográficas, da identidade cultural e política, existe também uma questão de estratégia económica. Temos áreas de interesse comum que estão identificadas e que são variadas”.