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JPP “não confia” em Albuquerque mas está “mais descansado” por este ter apoios

Data de publicação
29 Maio 2024
14:50

O Juntos pelo Povo (JPP) reforçou hoje que “não confia” em Miguel Albuquerque (PSD) para presidir ao Governo Regional da Madeira, mas disse estar “um pouco mais descansado” quanto à estabilidade governativa devido ao apoio de CDS-PP e Chega.

“Fico um pouco mais, digamos, descansado que há estabilidade, sabendo que o CDS e o Chega vão viabilizar o governo, o programa do governo e orçamento”, afirmou o secretário-geral do JPP e deputado eleito nas legislativas da Madeira, Élvio Sousa, sublinhando que a responsabilidade pela viabilização dos dois principais documentos de gestão governativa está nas mãos desses dois partidos “e eventualmente do PAN”, uma vez que o PSD venceu as eleições sem maioria absoluta.

Numa declaração enviada aos jornalistas, Élvio Sousa pronunciou-se hoje sobre a decisão do representante da República para a Madeira, Ireneu Barreto, de indigitar Miguel Albuquerque como presidente do Governo Regional, cujo executivo tomará posse no dia 06 de junho.

“Temos de aceitar isso com total naturalidade e, como já tivemos oportunidade de considerar, é a democracia a funcionar”, indicou o representante do JPP, partido que foi o terceiro mais votado nas eleições regionais de domingo, conseguindo nove deputados.

Élvio Sousa realçou que, no âmbito dos resultados das eleições regionais, “o JPP foi responsável, procurou buscar e apresentar uma proposta diferente”, através de um acordo com o PS, com apresentação de um programa de governo e com a apelo ao apoio de outras forças políticas para que a solução vingasse e fosse possível romper com 48 anos de poder do PSD na Madeira.

“Essa proposta não teve aceitabilidade, portanto já foi cada um para o seu canto”, adiantou, reforçando que a solução conjunta de PS e JPP, que juntos tinham 20 deputados, passava por um modelo alternativo de governação da região.

O secretário-geral do JPP reforçou ainda que o seu partido “nunca foi um agente da instabilidade”, tendo já viabilizado programas de governo e orçamentos.

“Mas digo uma coisa: Não confio neste Miguel Albuquerque, nem neste Jaime Ramos (PSD). Esta é a verdade. Não confio, mas não confio porque tenho provas. Tenho situações que se passaram e em que não foi cumprida a palavra e, portanto, não podemos neste momento, digamos, depois de apresentar um projeto alternativo, ter responsabilidades nessa matéria [de viabilizar os principais instrumentos de gestão do governo]”, sublinhou Élvio Sousa.

Nas eleições de domingo, o PSD de Miguel Albuquerque (presidente do executivo madeirense desde 2015) voltou a vencer as legislativas regionais e elegeu 19 deputados, afirmando-se disponível para assegurar um “governo de estabilidade”, mas o PS considerou haver margem para construir uma alternativa.

O PS, principal força da oposição, manteve os 11 assentos parlamentares do mandato anterior e o JPP, terceira força política na região, aumentou de cinco para nove elementos, enquanto que o Chega elegeu quatro deputados, o CDS-PP dois e a IL e o PAN um deputado cada.

Na segunda-feira, o PS e o JPP anunciaram “uma solução de governo conjunta” no arquipélago, a apresentar ao representante da República na Madeira, apelando à participação dos restantes partidos, à exceção do PSD e do Chega, “de modo a construir um apoio parlamentar mais robusto”.

Na terça-feira de manhã, antes de serem recebidos pelo representante da República para a Madeira, os líderes regionais do PSD, Miguel Albuquerque, e do CDS-PP, José Manuel Rodrigues, estiveram reunidos na Quinta Vigia, no Funchal, tendo estabelecido um acordo de apoio parlamentar, ainda que os dois partidos juntos tenham apenas 21 deputados, aquém dos 24 que uma maioria no parlamento regional exige, uma vez que é constituído por 47 assentos.

Ao final da tarde de terça-feira, o representante da República para a Madeira anunciou que iria indigitar Miguel Albuquerque como presidente do Governo Regional, considerando que a solução conjunta de PS e JPP “não tem qualquer hipótese de ter sucesso”.

As eleições antecipadas na Madeira ocorreram oito meses após as anteriores legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

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