O Tribunal Judicial da Comarca da Madeira adiou a leitura do acórdão no caso de uma alegada rede de tráfico de droga no Porto Santo. Os nove arguidos esperavam conhecer já hoje a decisão do coletivo, mas o surgimento de novos factos motivou o adiamento para 1 de fevereiro.
Em causa estão novos factos que surgiram já no decorrer do julgamento, que se iniciou em maio do ano passado. Em face desses desenvolvimentos, o Ministério Público decidiu não prescindir do prazo de 10 dias para avaliar os novos factos.
Recorde-se que oito homens e uma mulher são acusados de integrar uma rede de tráfico de droga que operava no Porto Santo.
Na sessão dedicada às alegações finais, a defesa dos arguidos tinha considerado que os indícios apresentados em julgamento não permitiam provar que houvesse de facto uma rede montada naquela ilha. Os advogados argumentaram que, na maioria dos casos, os acusados eram eles próprios consumidores, e que, nas ocasiões em que forneciam a outros, se tratava apenas de pequenas doses.
O Ministério Público, por seu turno, considerara que a prova recolhida era vasta e pedira condenações para todos os envolvidos.