A deputada do Partido Social Democrata-Madeira (PSD-M) à Assembleia da República (AR), Patrícia Dantas, esteve, na manhã de hoje, dia 8 de janeiro, na Escola Básica e Secundária Gonçalves Zarco (EBSGZarco), onde, no âmbito do projeto “Parlamento dos Jovens”, participou num debate sobre a temática “Viver Abril na Educação: caminhos para uma escola plural e participativa”.

Nesta atividade realizada na EBSGZarco, a deputada madeirense realçou a importância destes eventos junto dos estabelecimentos de ensino, não só pela pertinência dos assuntos em discussão/debate, mas também pela proximidade que é conseguida entre os deputados e os jovens estudantes. Explicou, também, o funcionamento da AR e todo o processo legislativo parlamentar, algo que os nossos jovens deputados irão experienciar, desde a iniciativa legislativa até à publicação no Diário da República (DR).

Falando para uma plateia formada por muitos alunos e alguns professores, que compuseram a sala de sessões do referido estabelecimento de ensino, Patrícia Dantas disse ser “essencial valorizar a Democracia e entender os órgãos de soberania que a suportam, trabalho deve ser realizado junto dos jovens no sentido destes perceberem que só após o 25 de Abril de 1974, se conseguiu democratizar a escola, implementando um sistema educativo orientado para o desenvolvimento individual através da igualdade de oportunidades”. E prosseguiu: “Durante o Estado Novo a escola concedia uma formação simplista, tradicionalista e moralista às classes populares, que apenas a frequentavam durante três anos”.

A deputada do PSD-M à Assembleia da República continuou, esclarecendo os alunos que “atualmente, Portugal ainda não conseguiu ultrapassar os 3,1% de analfabetismo (dados de 2021), comparativamente aos países nórdicos que, em 1900, registavam um valor de 2% de analfabetismo”, em contraponto com os “75% de analfabetismo apresentados por Portugal em 1900”. Mas não só. Disse, igualmente, que “as diversas políticas educativas (combate ao abandono escolar, reforço dos meios tecnológicos, alterações à carreira docente, escolaridade obrigatória para o 12.º ano) que nos permitiram ultrapassar níveis gigantescos de

analfabetismo e tornar a escola realmente inclusiva, só se tornaram possíveis com o 25 de Abril”.

Esta jornada de trabalho revelou-se extremamente profícua e gratificante para todos os envolvidos, nomeadamente os discentes das turmas 9.º3, 9.º4, 10.º1 e 11.º2, mas também para os docentes, designadamente a coordenadora do Parlamento Jovem da EBSGZarco, Sandra Domingos. O papel dos jovens enquanto agentes de cidadania e mudança foi robustecido, na medida em que estes perceberam a importância do debate e das iniciativas legislativas, na procura de soluções para responder aos diversos problemas sociais.

Refira-se que o programa “Parlamento dos Jovens” é uma atividade da AR, orientada para os jovens dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, de escolas do ensino público, particular e cooperativo do Continente, das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira e dos círculos da Europa e de Fora da Europa, que tem por objectivos: educar para a Cidadania, estimulando o gosto pela participação cívica e política; dar a conhecer a Assembleia da República, as regras do debate parlamentar; promover o debate democrático, o respeito pela diversidade de opiniões e estimular o respeito pelos valores democráticos.

Trata-se de um projeto organizado por sessões destinadas aos alunos nas escolas e que culmina com a realização anual de uma sessão nacional na Assembleia da República, onde ficará aprovada a recomendação final relativa ao tema em debate, que este ano é o “25 de Abril na educação”.