O secretário regional dos Equipamentos e Infraestrutruras, Pedro Fino, defendeu hoje ser “fundamental, para o interesse dos madeirenses e porto-santenses, que nos próximos meses haja uma normalização da vida política e governativa”.
“Temos de recuperar o tempo perdido, dadas as limitações impostas por um orçamento em regime de duodécimos e de governarmos apenas com poderes para atos de gestão corrente”, referiu, no discurso de abertura do debate setor sobre as pastas que tutela.
“Dizem alguns que não é nenhum drama governarmos em regime de duodécimos. No plano formal não há, de facto, nenhum drama. No plano substantivo, porém, só pode dizer isso quem da política tem a ideia de “quanto pior, melhor”, e faz dela um exercício de terra queimada. Mas concedo. De facto, o assustador não são os duodécimos. Muito preocupante mesmo é prolongarmos indefinidamente as limitações legais de um governo de gestão”, disse, referindo-se a “concursos que ficarão na gaveta, investimento público a aguardar melhores dias, obra nova que ficará à espera e prazos que não serão cumpridos”.
“O futuro suspenso no Hospital Central, na Habitação, na Unidade Local de Saúde do Porto Santo, e em várias outras obras decisivas e estruturantes para a vida dos madeirenses. A economia em compasso de espera e provavelmente desemprego. E vêm uns, os tais que, segundo eles, “não mentem aos madeirenses e porto-santenses”, relativizar os danos infligidos à nossa terra e ao povo que nos elegeu por um ano seguido de limitação da ação governativa! A esses, bem como aos incendiários da frustração e do ódio, direi que o povo cá estará para nos julgar. A todos. A quem mente e a quem não mente. A quem quer continuar a fazer obra. E a quem quer que nada se faça”, disse.