Marco Caldeira, diretor regional de Agricultura e Desenvolvimento Rural e o conselho diretivo do IVBAM, e o dirigente do serviço de apoio técnico, Rui Nunes, visitaram a exploração do produtor João Gouveia, localizada na freguesia de Gaula. Com uma área total de 6 000 m2, a exploração resulta da reconversão de um terreno com eucaliptos para a plantação de cana-de-açúcar, com benefícios evidentes na prevenção de incêndios florestais.
Na ocasião, foi efetuada uma medição prévia do grau Brix (grau de açúcar), com um valor apurado muito bom, tendo o produtor manifestado satisfação com safra deste ano. De referir, a esse propósito, que as medições que têm sido feitas nas explorações de cana sacarina em toda a ilha pelos técnicos da Direção Regional aos graus Brix têm se revelado extremamente satisfatórias, o que eleva as expetativas para uma excelente qualidade na campanha de 2025, com implicações diretas no aumento do rendimento da indústria do sector.
“Atualmente é o concelho da Ponta de Sol aquele que regista uma maior área deste produto, seguindo-se Machico e Santana. No que diz respeito à produção, esta situa-se nas 9 000 toneladas”, refere nota de imprensa enviada à redação.
Dada a importância da cultura da cana-de-açúcar para a economia regional, sobretudo para a obtenção do rum e do mel-de-cana da Madeira, o Governo Regional continua a assegurar, através da Secretaria Regional da Agricultura, Pescas e Ambiente, as condições para o seu crescimento e sustentabilidade, de modo a satisfazer as necessidades crescentes da procura, não só através da valorização do preço pago aos produtores, mas também do acompanhamento técnico específico, dotando-os ainda dos conhecimentos e das competências práticas necessárias ao cultivo da cana-de-açúcar e ao rejuvenescimento e/ou à manutenção dos canaviais, com a melhor qualidade e a maior quantidade de produção, contribuindo, assim, para o aumento do rendimento.
Recorda a tutela que o preço mínimo da cana situa-se nos 600 euros por tonelada, podendo em alguns casos ser superior, nomeadamente quando se trata de biológica.
“O Governo Regional assume o apoio direto ao agricultor na safra de 2025 de 120 euros/ tonelada e ainda assume a componente regional do POSEI à transformação que também se reflete no preço pago e que este ano passou a 250 euros por tonelada”, acrescenta, salientando também que os engenhos acompanham o aumento do POSEI e também são responsáveis pelo valor de 230 euros por tonelada que no caso da biológica é superior em mais 50 euros.