A reativação das torres de vigilância do Estabelecimento Prisional do Funchal (EPF), cuja inatividade foi noticiada pelo JM em setembro passado, não constitui uma prioridade global para o sistema global de segurança do complexo presidiário da Cancela, segundo explicou hoje o Diretor-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), Orlando Carvalho.
“As questões de segurança são sempre tratadas globalmente. Nós não fazemos das torres uma prioridade, como não fazemos do CCTV uma prioridade única. A segurança é uma questão global e será sempre enquadrada no sistema de segurança do próprio estabelecimento, e aí definir-se-á se há necessidade de torres, de quantas e de que forma e em que períodos estarão ocupadas”, justificou o responsável aos jornalistas, durante uma visita ao EPF em que acompanhou a Ministra da Justiça, Rita Júdice.
Questionado se a inativação das torres não coloca em risco o plano de segurança global do EPF, Orlando Carvalho observou que “a questão é sempre relativa uma vez que tudo é definido em função dos recursos humanos e dos outros recursos existentes”.
“Obviamente que tudo a 100%, quanto mais segurança, menos questões haveria, mas nem sempre é possível gerir tudo a 100%”, disse, sublinhando que é sempre uma questão de “gerir em função dos recursos”.
Sobre o estado dos recursos humanos, o DGRSP referiu que penso a falta destes “tem que ser vista no mesmo plano dos recursos de segurança, pelo obviamente depende daquilo e da prioridade que temos em cada momento e daquilo que nos propomos fazer”.
“Haverá sempre falta de recursos humanos para um ideal de atividade, portanto quando não é possível gerir um ideal de atividade, tem que se gerir em função dos recursos humanos existentes”, disse.