A eurodeputada Sara Cerdas destacou, hoje, a necessidade de abordar as disparidades económicas, sociais e territoriais que persistem na União Europeia, junto da presidência belga do Conselho da União Europeia, que apresentou esta segunda-feira o programa de atividades no Parlamento Europeu.
Reconhecendo que nem todas as regiões enfrentam os mesmos desafios, Cerdas enfatizou a importância de políticas adaptadas, especialmente para aquelas que são ultraperiféricas, distantes da placa continental e caracterizadas por especificidades únicas nos seus territórios, como é o caso da Madeira e dos Açores.
A este propósito, Sara Cerdas propôs uma medida inicial para fortalecer a coesão territorial: a criação de um programa específico para os transportes, semelhante ao existente Programa de Opções Específicas para o Afastamento e a Insularidade (POSEI). Este novo programa teria como objetivo melhorar a mobilidade, contribuindo assim para a redução das disparidades regionais.
”A criação de um programa semelhante ao POSEI específico para os transportes, com o objetivo de melhorar a mobilidade, seria uma primeira medida para assegurar a coesão territorial. Construir uma ponte de desenvolvimento inclusivo é fundamental para não deixar nenhuma região para trás”, afirmou a parlamentar europeia.
A deputada mais salientou que a política de coesão desempenha um papel crucial como motor transformador para o desenvolvimento e convergência das regiões. Por este motivo, considera que a discussão aprofundada sobre o futuro desta política após 2027, bem como a revisão intercalar da Agenda Territorial 2030, discussões que a Presidência belga do Conselho da UE será responsável por iniciar, deverá explorar todo o potencial e oportunidades de desenvolvimento para todas as regiões, promovendo sua integração de forma inclusiva.
De assinalar que a Bélgica assumiu a presidência rotativa do Conselho da União Europeia (UE) no dia 1 de janeiro, após a Espanha, sob o lema “Proteger, fortalecer, antecipar”. Hoje, na sessão plenária de Estrasburgo, a presidência belga apresentou as prioridades do programa para os próximos seis meses.