A Sé do Funchal voltou a encher-se de fiéis, esta manhã, para a Missa do Dia de Natal, presidida pelo bispo da Diocese.
‘A vida humana floresce’ foi o tema da homilia proferida por D. Nuno Brás, para explicar a afirmação do evangelho de São João “O Verbo fez-se carne e habitou em nós”.
“Esta afirmação de S. João mostra, desde logo, que Deus se quer fazer encontrado por cada um de nós. Ele, que nos criou, que deseja que O conheçamos e que vivamos com Ele, não hesitou em fazer-Se carne em Jesus nascido no Presépio. Deus bem sabe que nós, seres humanos, seríamos incapazes de O encontrar se Ele não se revelasse. Por isso — porque nos criou e cria por amor e apenas amor — não hesitou em tomar a iniciativa de vir ao nosso encontro. Fê-lo através da ‘Palavra’ porque é por meio da palavra que os seres humanos comunicam. Fê-lo, em primeiro lugar, por meio da ‘palavra’ da natureza. Fê-lo, depois, por meio da história (em particular da história do povo de Israel) e pela palavra dos Profetas. Mas, agora, ‘quando o tempo chegou ao seu termo’, Deus revela-se por meio da Palavra que é um Homem, um acontecimento da história, Jesus de Nazaré”, sublinhou o bispo.
Segundo Nuno Brás, “fazendo-se nosso irmão, partilhando connosco a verdade de ser Homem, Jesus de Nazaré, o Verbo de Deus, coloca diante de nós o ponto mais alto a que algum ser humano pode aspirar: partilhar a vida divina”.
“Assim, a partir desse momento, essa passou a ser a meta de cada um de nós. Seria inatingível, não fosse o facto de o próprio Deus no-la oferecer de graça, dando-nos a possibilidade de aceitar este dom imenso que Deus nos faz. Fazendo-se nosso irmão ao assumir a carne humana, Jesus Cristo, o Verbo de Deus, mostra a singular e excelente dignidade de todo e qualquer ser humano, de toda e qualquer vida humana (mesmo aquela que ainda não nasceu)”, afirmou.