Uma verdadeira ação de solidariedade que expressou uma vez mais o respeito pela dignidade humana evidenciando uma grandeza humana de amor pelo seu semelhante foi levada a cabo pela Obra Social da Madre Teresa, sob a coordenação da portuguesa Dulce das Dores.
Uma ação desenvolvida em que os seus intervenientes nada esperam em troca, são pessoas que optaram por ser alguém para fazer diferença na vida dos outros menos bafejados pela sorte e que souberam transmitir fé, esperança e paz.
Tudo começou num ambiente de ansiedade ou perturbação sendo visível o sofrimento ou impaciência de quem espera a almejada entrega de uma refeição quente e vitualhas a pessoas paupérrimas, nacionais sul africanos, moçambicanos, e outros residentes estrangeiros de todas as cores, raças e credos como também a compatriotas portugueses vivendo na área a qual se pode afirmar sem pejo ser um dos muitos epicentros da fome, da indigência e do desespero existentes na África do Sul.
É comovedor contemplar seres humanos tão vulneráveis sem capacidade de superação, mais ainda crianças com os olhos bem fundos, com corpos magérrimos. Uma pobreza que é humilhante.
Aqueles sem qualquer rendimento são frequentemente forçados a fazer face aos comentários desagradáveis enquanto imploram a parentes e vizinhos um prato de comida para sobreviver.
Há vários casos, infelizmente, a vergonha da fome levou pais a matarem os próprios filhos e, de seguida, a suicidarem-se. É inexprimível, perturbador este cenário que se contempla, sendo difícil encontrar palavras para descrever o desenrolar desta tragédia que se perpétua, sobretudo, a fome infantil.
Este ano, com um cariz humano e natalício aos meninos e meninas foram-lhes oferecidos presentes, mercê da generosidade de imprescindíveis dádivas nomeadamente de António Rego e do grupo de “Não há gente como a gente”, um grupo afeto à da Casa da Madeira de Alberton, foi possível pôr um pouco de brilho nos olhos dessas crianças e dos adultos também que se dirigiram às instalações da paróquia de San Patrick em La Rochelle para aceitarem uma dádiva da comunidade portuguesa que a todos trata com igualdade como sempre foi seu apanágio.
Nesta ação de responsabilidade social e de bem fazer que beneficiou 1.230 pessoas, estiveram presentes e tomaram parte na entrega de alimentos dialogando com várias das pessoas que se encontravam no recinto e sem regatear esforços, o Cônsul-Geral de Portugal em Joanesburgo, Afonso Laginha, e o Adido Social na Embaixada de Portugal em Muckleneuk, Pretória, Fernando Paulo Valor, Chancelar Adalberta Coimbra, e a Assistente Técnica do quadro de pessoal do Consulado-Geral de Portugal em Joanesburgo, Deolinda Oliveira, que em conjunto com os voluntários deram a sua ajuda e o seu testemunho duma ação de primazia de amor ao próximo na verdadeira grandeza de estender a mão aos mais vulneráveis e que mais precisam.