Luís Marques Mendes, advogado e comentador político, começou por realçar a iniciativa que homenageia as 500 maiores empresas, que decorre esta noite no Savoy Palace, elogiando a sessão do final da tarde, da entrega de prémios aos empresários, que, conforme disse, está relacionada “com a criação de emprego, inovação, capacidade de arriscar”, sustentou Marques Mendes, aclarando que isto reflete o tecido empresarial da Região.
Falou num mundo muito “incerto e muito instável”, sublinhando que há 4 aspetos a ter em conta e referindo com isto as duas guerras em curso, uma das quais em território europeu.
“Política externa é política interna”, observou, enfatizando que já não é dossiê exclusivo dos diplomatas e antevê uma guerra fria, mas de carácter comercial no futuro, sustentando-o com a recente eleição de Donald Trump, para ressalvar como é que a UE vai dialogar com os EUA.
No que concerne à Europa, referiu a “tempestade perfeita” que incide sob a França, na iminência de uma crise política e lembrou o laço comercial que o país tem com a França em termos de exportações, tal como a Alemanha.
“O que se passa no setor económico na Alemanha” é preocupante, recordou que são os principais motores da Europa.O orador convidado não quis gerar alarmismos, mas pedir atenção redobrada aos empresários, uma vez que falava para uma plateia de agentes económicos.
Já a situação portuguesa “é positivamente singular”, vivendo uma situação que não é “oásis”, mas é uma exececao positiva. Referia-se à grande “credibilidade” no mercado internacional. “Portugal é hoje um país com contas certas”, acentuou Marques Mendes, a que somou a ideia de que Portugal “é um país seguro”.