Paula Cabaço também marcou presença no fórum promovido pelo JM, que visou a discussão de dos desafios e oportunidades oferecidas pelo mar.
A presidente do conselho de administração da APRAM, relevou que "impacto dos cruzeiros é sem dúvida significativa nas contas regionais", lembrando o recente estudo demonstrativo de que "cada passageiro em transito gasta um pouco mais do que 60 euros, um casal será 125 euros, por dia de estadia, só em restauração e comércio".
Satisfeita com a retoma, acredita que em 2023 será já possível bater o recorde de escalas, fixado em 2012, com 330 navios na Pontinha, e não se escusou a abordar a questão da ampliação do molhe, e, mais cerca de 400 metros. Os "navios contruídos são cada vez maiores, temos navios em espera… razões que justificam esse aumento, adicionando, Paula Cabaço, um dado vital: "Canárias investe nos seus cais de atracagem e nós estamos num roteiro de proximidade com Canária (e também Cabo verde) e se não acompanharmos esse crescimento, ficamos de fora".
De resto, condena o ‘não’ recebido á intenção de agregar esse investimento aos valores do PRR, constatando que "a nível nacional apregoa-se a economia do mar como um desígnio estratégico, mas depois isso não se concretiza na prática".
Ao contrário, na Região existe uma aposta forte nessa área, e que "melhor exemplo poderia dar do que os seis milhões de euros que o Governo Regional investiu nas suas infraestruturas durante a pandemia, numa altura em que o mercado estava fechado, numa demonstração de que confiava no futuro".
Assim, se não investir nessa ampliação a Madeira "perderá competitividade e pode ficar para trás no mercado dos cruzeiros".
David Spranger