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Mais de 17 milhões de moçambicanos chamados a votar nas presidenciais

As mesas de votação para as sétimas eleições presidenciais e legislativas que se realizaram, ontem, na República de Moçambique, iniciaram a sua abertura a partir das 7h00 locais, com algumas exceções devido a problemas logísticos.

De acordo com a Comissão Nacional de Eleições (CNE), foram recenseados 17.163.686 eleitores, incluindo 333.839 com direito de exercer o voto em sete países do continente africano e em dois europeus.

A governação da ex-colónia portuguesa no Índico encontra-se sob controlo da Frente Nacional de Libertação de Moçambique (FRELIMO) há quase meio século, ou seja, desde 25 de junho de 1975, data em que foi proclamada a independência do país.

São quatro os candidatos à presidência de Moçambique: Daniel Chapo, 47 anos, escolhido pelo Comité Central da Frelimo; Osufo Momade, 63 anos, pela Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), que sucedeu ao líder histórico Afonso Dhlakama como presidente do maior partido da oposição; Lutero Simango, 64 anos, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que advoga uma reforma das instituições do Estado e da própria Constituição; e Venâncio Mondlan , 50 anos, ex-membro da Renamo e do MDM, que conta com o apoio do Partido Otimista para o Desenvolvimento de Moçambique (PODEMOS) Revolução Democrática (RD).

Concorreram a estas eleições 37 formações políticas ou coligações para a Assembleia Nacional sendo as mais importantes a Frelimo, Renamo e MDM.

Os resultados eleitorais, de acordo com a legislação em vigor, se não houver uma segunda volta, serão publicados pela CNE e a sua publicação pode protelar-se por 15 dias a partir da data do encerramento das urnas de voto. Seguidamente, os resultados serão submetidos para validação pelo Conselho Constitucional.

Após 45 dias de intensa campanha eleitoral de norte a sul do país, os moçambicanos no país ou em qualquer outra parte do mundo anseiam por saber quem subirá ao palco da governação ou se o atual partido no governo passará para a oposição.

A esperança de muitos moçambicanos é de que o governo que sair destas eleições seja capaz de por termo à pobreza abjeta em que milhões de cidadãos se encontram e que traga a desejável melhoria na qualidade da educação, saúde, saneamento, segurança e ainda a devolução da paz na conturbada província de Cabo Delgado, onde o quotidiano é uma luta titânica para sobreviver à violência, ao terrorismo levado a cabo por extremistas islâmicos desde 2017, com uma situação humanitária de aproximadamente 700 mil pessoas deslocadas desde o início da violência, a qual se intensifica e agrava de forma imparável dando sinais de alastramenrto e perpetuação.

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