Um rapaz japonês ficou ferido hoje após ter sido esfaqueado quando ia a caminho da escola primária na cidade de Shenzhen, sul da China, informou hoje a polícia local em comunicado.
O ataque com faca ocorreu durante a manhã e o alegado agressor, um homem de 44 anos de apelido Zhong, foi detido no local, perto da escola japonesa da cidade.
O rapaz, de apelido Shin, de acordo com as autoridades japonesas, foi imediatamente levado para o hospital para receber tratamento, embora o seu estado de saúde atual seja desconhecido.
As autoridades locais estão a trabalhar com os serviços médicos para investigar os motivos do ataque, segundo a mesma fonte.
O governo japonês confirmou, através da sua embaixada em Pequim e do Consulado Geral em Cantão, que a criança está a ser tratada.
“Confirmámos através do Consulado Geral do Japão em Cantão que houve um incidente em que uma pessoa da escola japonesa em Shenzhen foi atacada por um homem esta manhã, ficou ferida e está a ser tratada no hospital”, disse o porta-voz do governo japonês, Hiroshi Moriya, em conferência de imprensa.
“O consulado pediu às autoridades chinesas que tomassem medidas para evitar a repetição de tais incidentes e que partilhassem informações pormenorizadas sobre o que aconteceu”, acrescentou.
Foram ainda enviados funcionários japoneses ao local para recolher pormenores sobre o ataque e prestar apoio à família.
O ataque coincide com a comemoração do “Incidente de Mukden” ou “Incidente de 918”, um acontecimento histórico que marcou o início da invasão japonesa da China em 1931, uma data particularmente sensível nas relações entre os dois países.
Embora as relações diplomáticas entre a China e o Japão se tenham normalizado, estes episódios põem em evidência as tensões latentes.
Este incidente segue-se a um ataque ocorrido em junho na cidade de Suzhou, onde uma mãe japonesa e o seu filho foram esfaqueados enquanto esperavam por um autocarro escolar, tendo uma cidadã chinesa que se colocou entre as vítimas e o atacante morrido ao tentar defendê-las.
Na altura, a Embaixada do Japão na China expressou a sua “profunda tristeza” pela morte e sublinhou que a “coragem e bondade” da falecida representavam o “espírito do povo chinês”.