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Cordão humano protesta contra cobrança de estacionamento nos hospitais de Coimbra

Data de publicação
17 Dezembro 2024
16:46

Um cordão humano com cerca de um quilómetro uniu hoje o Hospital Pediátrico e os Hospitais da Universidade de Coimbra em protesto contra o pagamento de estacionamento dentro do perímetro daquelas unidades hospitalares.

Convocado por seis estruturas sindicais, a iniciativa envolveu esta tarde dezenas de funcionários hospitalares, entre auxiliares, enfermeiros e médicos, exigindo “parqueamento automóvel gratuito! Já!”.

“O estacionamento nestes dois hospitais era um caos, que é acrescentado com a barbaridade de o submeter a pagamento e a um pagamento exorbitante”, disse à agência Lusa Paulo Anacleto, do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses.

Segundo o dirigente sindical, no Hospital Pediátrico os trabalhadores pagavam 100 euros anuais para estacionar e agora vão passar a pagar cerca de 400 euros, quando “os salários não aumentaram nesta dimensão”.

O sindicalista salientou ainda que com a construção da nova maternidade de Coimbra, prevista para o final de 2025 ou início de 2026, vão ser suprimidos cerca de um terço dos estacionamentos nos Hospitais da Universidade de Coimbra.

“Hoje já é uma desgraça total e depois vai ser pior, além de não haver parques de estacionamento alternativos por perto destas unidades”, referiu Paulo Anacleto, salientando que os transportes públicos “não estão em consonância com as necessidades e horários de trabalho”.

O estacionamento nos Hospitais da Universidade de Coimbra vai ser pago a partir de 2026, mas segundo Paulo Anacleto não existem garantias de que os trabalhadores tenham acesso ao estacionamento.

“Nem sabemos quanto nos vão cobrar de estacionamento e se vamos ter lugar”, disse Madalena Machado, dirigente do Sindicato das Limpezas, Vigilância e Portarias, que teme a falta de lugares para os trabalhadores.

Para António Costa, técnico auxiliar no serviço de doenças infecciosas dos Hospitais da Universidade de Coimbra, em causa está o valor de 300 euros anuais de estacionamento que está previsto os trabalhadores pagarem.

“Querem também obrigar as pessoas a pagar estacionamento sem fazerem qualquer obra em parques e sem garantia que temos lugar”, frisou à agência Lusa.

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