O cabeça de lista do Movimento Alternativa Socialista (MAS) às europeias, Gil Garcia, considerou hoje que o resultado obtido pelo partido “deixa algum otimismo para o futuro”, mas lamentou o crescimento da extrema-direita na Europa.
“Nós estamos muito animados, sinceramente, porque ficamos com uma votação muito próxima da que obtivemos em 2019. Em 2019 não havia o crescimento da extrema-direita”, afirmou Gil Garcia, em declarações à agência Lusa.
De acordo com os dados apurados, o MAS obteve 0,13% nas eleições para o Parlamento Europeu deste domingo, o que representa 5.079 votos.
“Apesar de ser uma votação pequena convém não esmorecer. Estamos ainda dentro da luta. Um sopro de algum otimismo em relação a futuros processos eleitorais”, apontou.
Há cinco anos, nas eleições de 2019, o MAS tinha obtido 0,20%, o que equivale a 6.641 votos.
Apesar do otimismo pelos resultados internos, Gil Garcia lamentou que os partidos de extrema-direita tivessem aumentado a sua votação na Europa, antecipando “tempos perigosos”.
“Confirma-se, infelizmente, o crescimento da extrema-direita que já estava pré-anunciado, quer nos resultados das legislativas, quer noutros países europeus. Obviamente que é muito perigoso para a Europa porque a pode tornar ainda mais objeto de uma nova guerra mundial”, argumentou.
O PS e a Iniciativa Liberal foram os vencedores das eleições de domingo em Portugal, que ficaram marcadas pela derrota da extrema-direita do Chega em contraciclo com a maioria dos outros países da União Europeia, designadamente em França, onde a vitória da União Nacional de Marine Le Pen levou o Presidente da República, Emmanuel Macron, a anunciar a dissolução da Assembleia Nacional e a convocação de legislativas antecipadas.