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Ajuda tarda a chegar

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Data de publicação
31 Março 2021
5:00

Moradores afetados pelo mau tempo do último fim de semana desesperam por mais acompanhamento por parte das entidades competentes. A intempérie terá exposto situações antigas.Ainda se calcula a dimensão dos estragos causados pelo mau tempo do último fim de semana, com números recorde de pluviosidade a assolarem toda a Região. Ainda há situações por acudir e problemas por resolver, conforme dão conta residentes que reclamam ao JM por ações mais céleres e eficazes por parte da Câmara Municipal do Funchal e do Governo Regional.

No Caminho do Palheiro, continuavam até ontem a cair sobre uma casa detritos da estrada que desabou parcialmente no último sábado. De acordo com Fátima Sardinha, filha da moradora que foi retirada da casa atingida, há mais de um ano que a estrada que ruiu estava a ser alvo de obras, sendo uma zona em perigo iminente que já tinha sido motivo de reclamações junto da Câmara Municipal do Funchal (CMF).

Prevendo-se que demore “vários anos” até que a residência da sua familiar reúna as condições necessárias para que esta possa regressar, Fátima Sardinha lamenta que até à data não tenham atendido aos seus pedidos de ajuda, tanto junto da autarquia, quer junto do Governo Regional, para que a mãe seja realojada provisoriamente.

Uma outra queixa chegou à redação do JM por parte de Nélio Cardoso, filho de uma idosa que teve de ser retirada da sua casa, na Rua de Santa Maria. O familiar defende ser lamentável que não haja, por parte da CMF, “nenhum acompanhamento às pessoas afetadas depois de elas terem sido realojadas pela Segurança Social”. A moradia em questão, refere Nélio Cardoso, “já tinha um problema devidamente identificado” anteriormente, e “não reunia condições de habitabilidade” para a mulher, que se encontra acamada.

Em Santo António, um deslizamento de terras no Beco do Sacristão assustou moradores e impossibilitou-os mesmo de chegar até às suas casas. Numa denúncia enviada à redação, a residente Emma Olsson afirma que a situação “é recorrente” e do conhecimento da autarquia que “até ao dia de hoje não tomou as devidas medidas”.

O JM tentou saber, junto da CMF, se as situações mencionadas estão a ser devidamente acompanhadas pela edilidade. Contudo, não logrou obter resposta até ao fecho desta edição.

Por sua vez, a Secretaria Regional de Inclusão Social e Cidadania disse não possuir informações adicionais acerca dos desalojados em relação ao último ponto de situação, que dava conta que 33 pessoas, de 12 agregados, acionaram a linha de emergência e foram acolhidas provisoriamente na Pousada da Juventude ou em casas de familiares.

Adiantou apenas que estão a ser calculados todos os prejuízos, processo que deverá estar concluído no prazo de uma semana.

Por Catarina Gouveia

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